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Sudão precisa de ações imediatas contra a fome para evitar mortes generalizadas, diz relatório apoiado pela ONU

29 mar 2024 - 19h39
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Ações imediatas são necessárias para "impedir mortes generalizadas, o total colapso dos meios de subsistência e uma crise de fome catastrófica no Sudão", disse uma autoridade global de segurança alimentar apoiada pela ONU nesta sexta-feira.

A Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) pretendia emitir uma atualização sobre sua análise de dezembro que concluiu que quase 5 milhões de pessoas estavam à beira da fome. Mas não conseguiu fazê-lo por causa da guerra.

Em vez disso, a IPC disse que analisou as últimas evidências disponíveis e publicou o alerta nesta sexta-feira para "expressar grande preocupação" com a deterioração da situação e pressionar por ações imediatas para "evitar a fome".

A guerra eclodiu no Sudão em 15 de abril de 2023, entre o Exército sudanês (SAF) e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF). A ONU afirmou que quase 25 milhões de pessoas - metade da população do Sudão - precisam de auxílio e cerca de oito milhões fugiram de suas casas.

"Sem uma interrupção imediata das hostilidades e a distribuição significativa de assistência humanitária… a população dos Estados de Cartum e Gezira, da Grande Darfur e da Grande Kardofan corre o risco de chegar aos piores níveis de insegurança alimentar aguda e desnutrição durante o próximo período de escassez, a partir de abril e maio de 2024", disse a IPC nesta sexta-feira.

O Conselho de Segurança da ONU pediu neste mês uma interrupção imediata das hostilidades. Os EUA alertaram nesta quinta-feira que pressionariam o conselho a agir para levar auxílio ao povo com fome no Sudão, possivelmente autorizando entregas pela fronteira com o Chad.

A IPC estimou que quase cinco milhões de pessoas estavam com desnutrição aguda, das quais 3,6 milhões são crianças com menos de cinco anos e 12 milhões são mulheres grávidas ou amamentando.

Estimou que a produção de cereais foi 46% menor do que no ano passado por causa de combates em áreas de produção primária durante o pico da temporada de colheita, com os preços dos alimentos nos mercados 73% maiores do que no mesmo período do ano anterior.

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