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Social-democratas alemães dão apoio a negociações com Merkel após apelo de líder sobre Europa

7 dez 2017 - 18h25
(atualizado às 18h40)
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O Partido Social-Democrata alemão (SPD) aprovou nesta quinta-feira iniciar uma negociação com os conservadores liderados pela chanceler Angela Merkel sobre a formação de um governo, depois de o líder do partido fazer um apelo apaixonado por liberdade para trabalhar por um modelo de "Estados Unidos da Europa" social.

Partido Social-Democrata alemão vota sobre negociações com conservadores
 7/12/2017   REUTERS/Fabrizio Bensch
Partido Social-Democrata alemão vota sobre negociações com conservadores 7/12/2017 REUTERS/Fabrizio Bensch
Foto: Reuters

A votação abriu o caminho para um diálogo que pode resolver o impasse no qual se encontra a potência econômica europeia, depois que Merkel e o SPD perderam apoio nas eleições de setembro, complicando bastante a aritmética no Parlamento.

Martin Schulz insistiu para que os membros relutantes do SPD se mostrassem receptivos ao movimento de Merkel para renovar a coalizão que governou a Alemanha pelos últimos quatro anos, dizendo que o partido tinha a responsabilidade de reviver a social-democracia no país.

Uma nova "grande coalizão" com o reticente SPD é a maior esperança de Merkel para prolongar os seus 12 anos no poder, depois que negociações com dois partidos menores fracassaram, dando a um reduzido SPD grande influência em qualquer diálogo.

"A questão não é ter uma grande coalizão ou não ter uma grande coalizão", afirmou Schulz num discurso no congresso do partido. "Nem ter um governo de minoria ou novas eleições. Não. É como exercitamos a nossa responsabilidade, inclusive para a próxima geração."

Schulz disse que o partido só se recupera se puder ofercer uma visão clara de uma Alemanha e uma Europa que funcionem para os seus cidadãos, defendendo uma integração europeia mais profunda e o que chamou de "Estados Unidos da Europa" até 2025.

"A Europa nem sempre funciona para o seu povo, mas de forma frequente demais para as grandes empresas", afirmou ele, apresentando uma visão populista que vai além da abertura da própria Merkel para reformas estruturais e racionalização burocrática.

Negociações entre os dois partidos são esperadas para começar de fato no próximo ano. Um congresso extraordinário terá que ocorrer, nos quais os membros do partido votarão o acordo final, que pode não prever uma coalizão formal, e no qual pode constar a tolerância a um governo minoritário.

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