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Sinal de alerta para Trump: republicanos estão mais pessimistas sobre rumos dos EUA

7 jun 2020 - 14h38
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Os republicanos estão mais pessimistas em relação aos rumos dos Estados Unidos do que em qualquer outro momento da presidência de Donald Trump, no momento em que uma tríade de crises - pandemia de coronavírus, desaceleração econômica e protestos contra racismo e brutalidade policial - atinge sua administração.

Apenas 46% dos norte-americanos que se identificam como republicanos dizem que o país está no caminho certo, segundo pesquisa Reuters/Ipsos conduzida semana passada. É a primeira vez que esse número ficou tão baixo desde agosto de 2017, quando protestos organizados por supremacistas brancos em Charlottesville, Virginia, levou a conflitos violentos.

No começo de março, antes de o novo coronavírus impor quarentenas ao redor do país, por volta de 70% dos republicanos diziam que estavam otimistas com os rumos do país.

O índice de aprovação de Trump permanece resistente, por volta de 40%, com grande maioria de republicanos que ainda aprova seu desempenho, em geral.

Mas o pessimismo continuado entre apoiadores de Trump pode ser o presságio de fraqueza para a eleição de novembro, quando ele enfrentará o ex-vice-presidente democrata Joe Biden, dizem especialistas.

Entre republicanos, 37% dizem que o país está no caminho errado; 17% deles dizem que votariam em Biden se as eleições fossem agora, enquanto 63% ainda planejam votar em Trump.

Em uma eleição na qual a maioria dos analistas acredita que será decidida por um punhado de Estados divididos, como Michigan, Pensilvânia e Carolina do Norte, mesmo pequenas deserções ou leves quedas em comparecimento de republicanos pode colocar em risco as chances de Trump.

"Deve provavelmente ser preocupante para o presidente, embora seja razoável dizer que ele mantém um forte apoio entre republicanos", afirmou Kyle Kondik, analista eleitoral da Universidade da Virginia.

Republicanos acreditam que uma recuperação econômica durante o outono do hemisfério norte pode reforçar suas chances. O relatório de empregos de sexta-feira mostrou que mais de 2,5 milhões de postos de trabalho foram acrescentados no último mês, durante o grosso da pandemia de coronavírus. Trump comemorou os ganhos como "a maior virada da história dos Estados Unidos".

A porta-voz da campanha de Trump, Erin Perrine, afirmou em um comunicado que "pesquisas são notoriamente erradas. Estamos a cinco meses da eleição e qualquer pesquisa agora não é uma indicação clara dos resultados. Os pesquisadores estavam muito errados em 2016 e subestimaram o entusiasmo dos eleitores pelo presidente Donald Trump todas as vezes".

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