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Senado dos EUA aprova acordo para encerrar 'shutdown'; projeto de lei segue para a Câmara

Votação ocorreu no 41º dia da paralisação do governo americano, a mais longa da história do país

11 nov 2025 - 08h51
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Resumo
O Senado dos EUA aprovou um acordo para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país, que durou 41 dias; o projeto segue para votação na Câmara dos Representantes, podendo enfrentar resistência.
East Front Plaza nesta segunda, 10, no Capitólio, em Washington, DC. O Senado chegou a um acordo no final do domingo para financiar o governo, com o objetivo de encerrar a paralisação mais longa da história.
East Front Plaza nesta segunda, 10, no Capitólio, em Washington, DC. O Senado chegou a um acordo no final do domingo para financiar o governo, com o objetivo de encerrar a paralisação mais longa da história.
Foto: Tom Brenner/Getty Images

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira, 10, uma legislação para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país. O avanço ocorreu após um grupo dissidente de democratas se unir aos republicanos e apoiar um pacote de gastos que omitia a principal concessão que o partido vinha exigindo há semanas.

A votação de 60 a 40, no 41º dia da paralisação, sinalizou uma quebra no impasse que paralisou o governo por semanas, deixando centenas de milhares de funcionários federais em licença não remunerada, milhões de americanos em risco de perder assistência alimentar e milhões de outros enfrentando interrupções em viagens aéreas.

A medida segue agora para a Câmara dos Representantes, onde a pequena margem de controle republicana e a forte oposição democrata podem resultar em uma votação acirrada. A legislação não deve ser analisada pelos deputados antes de quarta-feira, 12, mas o presidente Trump já indicou que, caso aprovada, a sancionará.

O avanço ocorreu depois que oito senadores da bancada democrata romperam o bloqueio do próprio partido à legislação de gastos que os republicanos tentavam aprovar há semanas para reabrir o governo.

Eles disseram que tomaram essa decisão após concluírem que os republicanos jamais cederiam à principal reivindicação dos democratas na disputa sobre a paralisação do governo — a prorrogação dos subsídios federais para assistência médica, que expirariam no final do ano.

"Não tínhamos como avançar na questão da saúde porque os republicanos disseram: 'Não vamos discutir saúde com o governo paralisado'", disse o senador Tim Kaine, democrata da Virgínia. "E tínhamos beneficiários do SNAP (Programa de Assistência Nutricional Suplementar) e pessoas que dependiam de outros serviços essenciais que estavam perdendo seus benefícios por causa da paralisação."

Outros argumentaram que o acordo equivalia a dar cobertura à agenda e às táticas de Trump, quando os democratas deveriam, em vez disso, estar se opondo a ele e aos republicanos.

"Trump e os republicanos apoiadores de Trump vêm paralisando o governo desde o dia da posse, desmantelando o Medicare, o Medicaid e a Lei de Acesso à Saúde (Affordable Care Act) e promovendo o maior roubo na área da saúde da história — tudo para financiar cortes de impostos para bilionários CEOs", disse o senador Edward J. Markey, democrata de Massachusetts. "O povo americano quer que impeçamos o roubo, não que dirijamos o carro da fuga."

O acordo inclui um pacote de gastos que financiaria o governo até janeiro, bem como três projetos de lei de gastos separados para cobrir programas relacionados à agricultura, construção militar e agências legislativas durante a maior parte de 2026.

O pacote também inclui uma disposição que reverteria as demissões de funcionários federais realizadas durante a paralisação e garantiria o pagamento retroativo daqueles que foram colocados em licença não remunerada.

Trump disse nesta segunda-feira que cumpriria essas disposições. "Vou cumprir o acordo", afirmou.

Mas, a luta está longe de terminar. Tendo conseguido elevar os subsídios à saúde a uma questão política durante a paralisação do governo, os democratas buscam manter a pressão sobre os republicanos para que os prorroguem ou sofram consequências perante os eleitores que, segundo as pesquisas, desejam mais proteção. / NYT

Estadão
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