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Sem provas, Embaixada dos EUA volta a atacar Mais Médicos

Programa voltou à mira do governo de Donald Trump nesta quinta-feira, 14, que o acusou de 'enriquecer o governo corrupto cubano'

14 ago 2025 - 18h41
(atualizado às 19h27)
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Resumo
A Embaixada dos EUA voltou a criticar o programa Mais Médicos, acusando-o de explorar médicos cubanos e beneficiar o governo cubano, enquanto o governo atual prioriza profissionais brasileiros no programa.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a expansão do programa Mais Médicos no primeiro semestre de 2025
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a expansão do programa Mais Médicos no primeiro semestre de 2025
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo de Donald Trump voltou a atacar o programa brasileiro Mais Médicos, nesta quinta-feira, 14, desta vez por meio de uma série de publicações da Embaixada dos Estados Unidos nas redes sociais. Em uma das postagens, o órgão ecoou declaração de Marco Rubio, secretário de Estado, e disse que a iniciativa 'foi um golpe diplomático que explorou médicos cubanos'.

A embaixada também repetiu que o Mais Médicos contribuiu para o 'enriquecimento do regime cubano corrupto' e foi 'acobertado por autoridades brasileiras e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)'. Todas as afirmações foram feitas sem apresentar nenhuma prova.

"Não restam dúvidas: os EUA continuarão responsabilizando todos os indivíduos ligados a esse esquema coercitivo de exportação de mão de obra", declarou, ainda, a embaixada. A postagem replicou uma publicação do Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, que integra o Departamento de Estado norte-americano.

Na última quarta-feira, 13, o Mais Médicos entrou na mira do departamento de Marco Rubio, que anunciou a suspensão e restrição dos vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e atual diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para a COP30.

A contratação de médicos cubanos pela iniciativa Mais Médicos ocorreu entre 2013 e 2018. No atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o programa passou a priorizar profissionais brasileiros. Segundo dados divulgados na segunda-feira, 11, 92,25% dos 24,9 mil médicos ativos no programa são nacionais.

Donald Trump e Marco Rubio, secretário de Estado, durante conferência da OTAN; nesta segunda-feira, 4, agência ligada ao departamento de Rubio condenou prisão domiciliar de Bolsonaro
Donald Trump e Marco Rubio, secretário de Estado, durante conferência da OTAN; nesta segunda-feira, 4, agência ligada ao departamento de Rubio condenou prisão domiciliar de Bolsonaro
Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images

O que é o Mais Médicos

De acordo com o Ministério da Saúde, o Programa Mais Médicos é uma política pública voltada a melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

O programa leva médicos para regiões prioritárias, remotas e de difícil acesso, onde há escassez de profissionais, além de promover a formação e qualificação de médicos por meio de parcerias com instituições de ensino.

A estratégia visa garantir maior equidade no acesso aos serviços de saúde em todo o território nacional, melhorar a qualidade do atendimento e fortalecer vínculos entre médicos e comunidades.

O Mais Médicos integra ações do governo federal, com apoio de estados e municípios, para fortalecer a Estratégia Saúde da Família (ESF), porta de entrada preferencial do SUS, responsável por resolver cerca de 80% dos problemas de saúde da população.

O programa já passou por diferentes fases: lançado em 2013, chegou a contar com 18.240 médicos em 4.058 municípios em 2014. Entre 2016 e 2022 houve redução de profissionais ativos, chegando a 12.843.

A partir de 2023, no atual governo, o Mais Médicos foi retomado e expandido, com 28.000 vagas em 4.547 municípios, incluindo saúde indígena e prisional, beneficiando 73 milhões de brasileiros.

Governo Trump ataca Mais Médicos e revoga vistos de autoridades ligadas ao programa:
Fonte: Redação Terra
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