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Protestos contra lockdown insuflam extrema-direita da Alemanha, diz agência

15 jun 2021 - 11h23
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O número de crimes de motivação política aumentou na Alemanha no ano passado, e protestos contrários a medidas do governo para conter a pandemia de coronavírus insuflaram a extrema-direita, disse o serviço doméstico de inteligência do país.

Ruas de Hamburgo durante lockdown
11/5/2021 REUTERS/Fabian Bimmer
Ruas de Hamburgo durante lockdown 11/5/2021 REUTERS/Fabian Bimmer
Foto: Reuters

Mais da metade dos 44.692 crimes de motivação política registrados em 2020 foram cometidos por radicais de extrema-direita, disse a agência em seu relatório anual, publicado nesta terça-feira.

"Extremistas e terroristas não estão entrando em lockdown", disse Thomas Haldenwang, chefe da agência de segurança doméstica BfV, em uma coletiva de imprensa para apresentar o relatório.

A Alemanha está tentando deter um aumento da ideologia violenta de extrema-direita. Os crimes violentos de extrema-direita, como um ataque a tiros que matou nove imigrantes na cidade de Hanau em fevereiro do ano passado, aumentaram 10,6%, mostrou o relatório.

Protestos contra restrições da Covid-19 foram influenciados por radicais de direita, segundo o texto. "Extremistas de direita pegaram o debate do coronavírus e abordaram quase exclusivamente as medidas de proteção do governo", acrescentou.

Em agosto, manifestantes tomaram a escadaria do edifício do Parlamento, alguns deles portando bandeiras da extrema-direita. As imagens correram o mundo e foram repudiadas por políticos alemães destacados.

A filiação a uma rede de grupos de extrema-direita que jura fidelidade ao Reich alemão pré-guerra aumentou no ano passado através de contatos com manifestantes contrários às restrições da Covid-19, informou o relatório.

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