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Mundo

Protestos contra governo e monarquia aumentam na Tailândia

Autoridades ameaçam manifestantes com longas penas de prisão

19 out 2020 - 12h11
(atualizado às 12h26)
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Milhares de jovens se reuniram neste domingo (18) em Bangcoc, na Tailândia, para protestar contra o governo e até contra a monarquia do país. Já foram cinco dias seguidos com atos públicos, mesmo com a forte repressão das autoridades, que ameaçam os participantes com longos períodos de prisão.

Os jovens pedem a renúncia do premiê Prayut Chan-o-cha, eleito em 2019, e uma reforma completa do sistema de governo tailandês, pedindo por mais democracia. Além disso, querem a revogação de um lei que pune quem se opor ou "difamar" a família monárquica com uma pena de até 15 anos de prisão.

Os manifestantes também estão indo às ruas desafiando o estado de emergência por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que proíbe aglomerações, e as restrições de tráfego impostas pelo governo. As autoridades desmobilizam os grupos de maneira rápida, usando métodos violentos - mesmo sem nenhum tipo de vandalismo dos participantes.

Em alguns dos atos, que se espalharam por diversas ruas da capital, era possível ver cartazes com os dizeres "República da Tailândia", uma frase considerada um tabu no país monarquista. O movimento, que é liderado pelos mais jovens, também mostra um embate de gerações - já que os mais velhos são muito mais respeitosos ao sistema monárquico, que conta com o apoio dos militares.

Para tentar frear as manifestações, o governo inclusive proibiu que sejam postadas imagens dos protestos nas redes sociais, mas durante o fim de semana, os jovens ignoraram a determinação e muitos postaram selfies e hashtags contrárias às autoridades.

Até mesmo os veículos de imprensa, que tem forte controle estatal, estão na mira dos governantes por mostrarem as manifestações. A polícia tailandesa determinou uma investigação contra uma série de sites e jornais que se mostraram "simpáticos" aos jovens. .

Ansa - Brasil   
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