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Procuradora-geral destituída da Venezuela diz que vai compartilhar investigações sobre Odebrecht

23 ago 2017 - 12h42
(atualizado às 14h24)
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A ex-procuradora-geral venezuelana Luisa Ortega afirmou nesta quarta-feira que vai encaminhar a autoridades do Brasil, dos Estados Unidos, do México, da Espanha e da Colômbia documentos referentes a investigações da Odebrecht conduzidas por ela na Venezuela antes de ser destituída do cargo, para garantir que as apurações tenham continuidade.

Ex-procuradora-geral venezuelana Luisa Ortega em Brasília 23/08/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Ex-procuradora-geral venezuelana Luisa Ortega em Brasília 23/08/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

De passagem por Brasília, onde participou como visitante de um encontro de chefes de Ministérios Públicos do Mercosul, Ortega disse ter sofrido um processo de deposição sumário após começar a investigar casos de corrupção da empreiteira brasileira e outros envolvendo pessoas ligadas ou próximas ao alto escalão do governo do presidente Nicolás Maduro.

"A comunidade internacional tem que investigar esses casos", defendeu a ex-procuradora em entrevista coletiva, citando, por exemplo, que uma das empresas que estava sob investigação dela era de origem mexicana e responsável por atuar na distribuição de alimentos para a população venezuelana.

Ortega acusou a Assembleia Constituinte da Venezuela de ter se tornado uma "inquisição" com poderes para perseguir e punir qualquer pessoa que seja tida como de oposição ao regime encabeçado por Maduro.

A ex-procuradora-geral afirmou que na Venezuela não há Estado democrático e exortou os colegas da região a repudiarem ações arbitrárias como a que ocorre em sua terra natal, sob o risco de a prática se espraiar pelo continente.

"A Venezuela é o corredor da morte do Direito", afirmou.

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