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Presidente do Equador pede investigação de projetos petroleiros construídos no governo Correa

4 jan 2019 - 09h22
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O presidente do Equador, Lenín Moreno, revelou erros de construção e um gasto superior ao combinado em cinco projetos petroleiros construídos na última década e que atualmente apresentam falhas graves de operação, o que o levou a pedir uma investigação formal.

Presidente do Equador, Lenín Moreno, em Quito 12/04/2018 REUTERS/Daniel Tapia
Presidente do Equador, Lenín Moreno, em Quito 12/04/2018 REUTERS/Daniel Tapia
Foto: Reuters

O Equador contratou no ano passado empresas estrangeiras através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para avaliarem técnica e economicamente cinco projetos, incluindo a reativação de sua maior refinaria, que foram licitados durante o governo do ex-mandatário Rafael Correa.

"Por estes cinco projetos foram pagos 4,9 bilhões de dólares. Sim, compatriotas, quase 5 bilhões do dinheiro dos equatorianos, quando deviam custar apenas a metade", disse Moreno em cadeia de rádio e televisão, na quinta-feira.

"Decidi apresentar uma denuncia à Procuradoria-Geral. Este assalto aos fundos públicos não pode cair na impunidade", acrescentou ao apresentar os resultados finais da avaliação dos projetos.

Moreno detalhou que, na Refinaria Esmeraldas, 99 por cento do investimento foi realizado sem nenhum tipo de concorrência, como determina a lei equatoriana, e que o custo de seu conserto passou dos 754 milhões de dólares previstos inicialmente para 2,230 bilhões de dólares.

Nos outros projetos, entre eles uma usina de liquefação de gás natural, um terminal marítimo e uma estação de bombeamento, um duto de transporte de combustíveis e trabalhos iniciais na Refinaria do Pacífico, que aguarda financiamento, igualmente se encontraram falhas de construção e investimentos maiores do que os previstos inicialmente.

No projeto da Refinaria do Pacífico, um investimento de cerca de 1,521 bilhão de dólares, Moreno disse que os recursos estão "abandonados" devido a um conflito com a estatal petroleira da Venezuela, PDVSA, que formava parte do consórcio com a equatoriana PetroEquador para sua construção.

Correa desmentiu as acusações do governo sobre atos de corrupção durante sua administração.

O presidente disse que solicitou a ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU) para investigar atos de corrupção em outras instituições públicas, como a Previdência Social, hidrelétricas e outros projetos construídos no governo Correa.

Moreno tomou posse em maio de 2017 com a promessa de combater frontalmente a corrupção e vem respaldando investigações da Justiça contra Correa e seus colaboradores.

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