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Presidente do Equador diz que Assange tentou utilizar embaixada para espionagem

15 abr 2019 - 08h35
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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, violou repetidamente suas condições de asilo e tentou utilizar a embaixada do Equador em Londres como centro de espionagem, disse o presidente equatoriano, Lenín Moreno, ao jornal britânico Guardian.

Presidente do Equador, Lenín Moreno, durante reunião em Pequim
13/12/2018 Fred Dufour/Pool via REUTERS
Presidente do Equador, Lenín Moreno, durante reunião em Pequim 13/12/2018 Fred Dufour/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

A polícia de Londres retirou Assange da embaixada na quinta-feira, após a revogação do asilo de 7 anos, abrindo caminho para sua extradição para os Estados Unidos por um dos maiores vazamentos de informação sigilosa da história.

A relação de Assange com seus anfitriões ruiu após o Equador acusá-lo de liberar informações sobre a vida pessoal de Moreno.

Moreno negou ao Guardian que agiu em represália ao modo como documentos sobre si e sua família foram vazados. Ele disse que se arrepende de Assange ter usado a embaixada para interferir na democracia de outros países.

"Qualquer tentativa de desestabilizar é um ato repreensível para o Equador, porque somos uma nação soberana e respeitosa em relação à política de cada país", afirmou Moreno ao Guardian por e-mail.

"Não podemos permitir que nossa casa, a casa que abriu suas portas, se torne um centro de espionagem", mencionou o Guardian como declaração de Moreno.

Defensores de Assange disseram que o Equador traiu o fundador do WikiLeaks a mando de Washington, que o fim do asilo era ilegal e marcou um momento sombrio para a liberdade de imprensa.

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