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Presidente das Filipinas promete contramedidas em resposta a "ataques" chineses

28 mar 2024 - 08h33
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As Filipinas implementarão contramedidas proporcionais e razoáveis contra "ataques ilegais, coercitivos, agressivos e perigosos" da guarda costeira chinesa no Mar do Sul da China, disse o presidente Ferdinand Marcos Jr. nesta quinta-feira.

"Não queremos entrar em conflito com nenhuma nação, ainda mais com nações que pretendem e afirmam ser nossas amigas, mas não seremos intimidados ao silêncio, à submissão ou à subserviência", afirmou Marcos no Facebook.

Ele não especificou o que as contramedidas incluiriam.

No último ano, as Filipinas têm se irritado com o que chamam de repetidas agressões da guarda costeira chinesa e de embarcações de pesca aliadas em torno de recursos disputados localizados dentro da zona econômica exclusiva de Manila.

A deterioração das relações com a China ocorre num momento em que Marcos busca aprofundar os laços de defesa com os Estados Unidos, aumentando o acesso dos EUA às bases militares filipinas e expandindo exercícios conjuntos para incluir patrulhas marítimas e aéreas sobre o Mar do Sul da China, frustrando Pequim.

O porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, disse nesta quinta-feira que as Filipinas são culpadas pelo colapso e contam com o apoio de forças externas enquanto infringem a soberania da China.

"O país está se desviando ainda mais por um caminho perigoso. O lado chinês não permitirá que as Filipinas atuem deliberadamente", disse Wu em um briefing.

"Respondemos com ações legítimas, resolutas e contidas. O lado filipino deve perceber que as provocações farão mais mal do que bem e que solicitar apoio estrangeiro não levará a lugar algum."

O mais recente atrito ocorreu na semana passada, quando a China usou canhões de água para barrar outra missão filipina de reabastecimento no Second Thomas Shoal para soldados destacados para proteger um navio de guerra intencionalmente encalhado em um banco de areia há 25 anos.

A China, que reivindica quase todo o Mar do Sul da China como seu, acusou as Filipinas de invadir seu território e disse que tomou as medidas necessárias contra as embarcações.

Marcos afirmou que se reuniu com suas autoridades de defesa e segurança e que tem se comunicado com "amigos da comunidade internacional".

"Eles se ofereceram para nos ajudar no que as Filipinas precisam para proteger e garantir nossa soberania, direitos soberanos e jurisdição, assegurando ao mesmo tempo a paz e a estabilidade no Indo-Pacífico", disse Marcos.

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