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Mundo

Premier da Itália critica países que não são rigorosos contra vírus

Giuseppe Conte disse que pandemia é 'sem precedentes'

25 mar 2020 - 16h23
(atualizado às 16h52)
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O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, afirmou nesta quarta-feira (25) que a emergência do novo coronavírus (Sars-CoV-2) é "sem precedentes" em todo o mundo e é necessário que todos os países sejam rigorosos na luta contra a Covid-19.

Premier italiano disse que pandemia é 'sem precedentes'
Premier italiano disse que pandemia é 'sem precedentes'
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Ninguém pode aceitar, muito menos a Itália que está fazendo grandes sacrifícios para combater o vírus, que outros países não coletam essa necessidade de máxima atenção preventiva", afirmou Conte, durante pronunciamento no Palácio do Montecitorio, sede da Câmara dos Deputados da Itália.

"É uma emergência sem precedentes para a Europa e o mundo inteiro. Agora é a hora da responsabilidade", alertou.

Segundo o premier italiano, se outros países não forem rigorosos com as medidas preventivas contra o novo coronavírus, corre risco da pandemia registrar novamente uma aceleração no ritmo de contágios.

"Haverá tempo para tudo, mas este é o momento da ação. O governo agiu com a máxima determinação, com velocidade absoluta", enfatizou.

Apesar disso, a Itália já é o país com maior número de vítimas em decorrência da Covid-19, totalizando 7.503 mortos, conforme o último balanço da Defesa Civil divulgado hoje. No total, a nação contabiliza 74.386 contágios, sendo 57.521 casos ativos.

"Estamos lutando contra um inimigo invisível e traiçoeiro que entra em nossas casas, nos forçou a redefinir as relações interpessoais, nos faz duvidar de nossas mãos amigáveis", disse Conte, na Câmara.

A declaração do primeiro-ministro da Itália foi dada no mesmo dia em que a Organização da Mundial da Saúde também pediu para que os países mantenham a população em suas casas na tentativa de ganhar tempo e reduzir a pressão sobre os sistemas de saúde.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no entanto, ressaltou que essas medidas por si só não acabarão com a pandemia. "O objetivo dessas ações é possibilitar medidas mais precisas e direcionadas que servem para interromper a transmissão e salvar vidas".

"Pedimos a todas as autoridades que introduziram o chamado bloqueio que usem esse tempo para atacar o coronavírus", afirmou Ghebreyesus.

Ansa - Brasil   
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