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Pacotes suspeitos são enviados para Lavazza e Ferrero

Político da Liga também recebeu um envelope

5 abr 2019 - 10h28
(atualizado às 15h58)
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Após a prefeita de Turim, Chiara Appendino, mais um político e três empresas da cidade e dos arredores, incluindo Ferrero e Lavazza, receberam envelopes suspeitos entre a noite desta quinta (4) e a manhã desta sexta-feira (5).

Pacote suspeito enviado ao vereador Alessandro Sciretti, da Liga
Pacote suspeito enviado ao vereador Alessandro Sciretti, da Liga
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O primeiro caso divulgado foi o do vereador Alessandro Sciretti, do partido ultranacionalista Liga, destinatário de um pacote bastante semelhante àquele enviado a Appendino, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), no início da semana.

O remetente do envelope é exatamente igual: "Escola A. Diaz", em referência a um colégio de Gênova, capital da Ligúria, que foi palco de torturas da polícia contra manifestantes de esquerda que protestavam contra uma cúpula do G8 na cidade, em julho de 2001. A escola foi invadida pelas forças de segurança após a morte de um ativista, Carlo Giuliani, durante confrontos nas ruas.

Recentemente, Sciretti evocou o episódio para pedir punições contra anarquistas que haviam causado confusão durante um ato em Turim, em 9 de fevereiro. "Digam-me se isso é aceitável. Nenhuma piedade, nenhuma, para essas pessoas. As Forças de Ordem são muito limitadas em seus poderes. Precisamos de um pouco de Escola Diaz", escreveu o político no Facebook.

O protesto foi motivado pelo desalojamento de um centro social ocupado por militantes de esquerda, por ordem da Prefeitura de Turim. "A comunidade de nossa cidade continua a rejeitar qualquer forma de violência, que nunca terá nada a ver com a política", declarou Appendino, que ainda expressou solidariedade a Sciretti.

Empresas

Além do vereador e da prefeita, três empresas receberam envelopes com um pó suspeito quase simultaneamente: a Lavazza, com sede em Turim; a Ferrero, em Alba; e a Caffè Vergnano, em Santena. Todas elas ficam no Piemonte.

No caso da Lavazza, a carta foi enviada da Bélgica e contém uma mensagem em inglês pedindo "dinheiro em troca de não envenenar o café?. A sede da empresa abrigou recentemente encontros do projeto "Biennale Democrazia", organizado pela Prefeitura para promover a cultura democrática.

O quartel-general da Lavazza fica no mesmo bairro do centro social que era ocupado pelos anarquistas, mas a polícia ainda não encontrou indícios de ação política neste caso.

Ansa - Brasil   
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