Parlamento britânico recusa eleições e entra em recesso
Câmara impôs uma nova derrota ao primeiro-ministro Boris Johnson
Em sua última votação antes de entrar em recesso forçado, a Câmara dos Comuns do Reino Unido rejeitou na madrugada desta terça-feira (10) a convocação de eleições antecipadas para 15 de outubro.
A votação terminou com um placar de 293 a 46, em mais uma derrota para o primeiro-ministro Boris Johnson, que já havia tentado antecipar as eleições na semana passada. Na sequência, a Câmara entrou em recesso.
Foi o próprio premier quem pediu à rainha Elizabeth II a suspensão do Parlamento até 14 de outubro, de forma a dificultar a aprovação de leis contra o Brexit.
A oposição, no entanto, se articulou com dissidentes do Partido Conservador e aprovou um projeto que obriga Johnson a solicitar um novo adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia, marcada para 31 de outubro, caso não haja acordo entre os dois lados sobre a separação.
Johnson, por sua vez, disse que não pretende pedir uma mudança da data a Bruxelas e acusou o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, de ter "medo" das urnas.
O oposicionista chamou o governo de "vergonha" e afirmou que antes de antecipar as eleições é preciso "frear o risco de um Brexit sem acordo".