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Parlamentares franceses rejeitam imposto sobre fortunas para os ultra-ricos

31 out 2025 - 17h25
(atualizado às 22h57)
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Parlamentares franceses rejeitaram as propostas de cobrança de um imposto sobre a fortuna dos ultra-ricos exigidas pela esquerda e, nesta sexta-feira, apoiaram um plano diluído do governo para tributar ativos mantidos em holdings.

Ansioso para acalmar os parlamentares socialistas furiosos com a rejeição do imposto sobre grandes fortunas, o primeiro-ministro Sebastien Lecornu disse que o governo não iria se opor à suspensão do congelamento das pensões e dos benefícios sociais em seu orçamento para 2026.

Os socialistas, que na semana passada ameaçaram derrubar o governo se os bilionários não fossem forçados a pagar mais, disseram que a concessão de Lecornu sobre as pensões e os benefícios sociais foi um primeiro passo na direção certa, mas que era necessário mais.

A votação ressaltou as profundas divisões no Parlamento da França sobre como tributar os cidadãos mais ricos, enquanto os parlamentares debatem o orçamento de Lecornu para apertar o cinto.

Parlamentares do centro, conservadores e de extrema-direita formaram uma maioria contra várias propostas dos partidos de esquerda, incluindo um imposto de 2% sobre a riqueza de mais de 100 milhões de euros (US$117 milhões) -- medida promovida pelo economista francês Gabriel Zucman que poderia gerar de 15 bilhões a 20 bilhões de euros anualmente, segundo ele.

Lecornu, que não tem maioria parlamentar, depende do apoio dos socialistas para aprovar o Orçamento e sobreviver a possíveis votos de desconfiança.

"Se o texto permanecer como está hoje, digo solenemente que não haverá voto positivo e haverá até mesmo um voto contra dos socialistas, o que significa que esse Orçamento não poderá ser aprovado", disse o líder do Partido Socialista, Olivier Faure.

"O que queremos é que os franceses não tenham que pagar o imposto que os bilionários não querem pagar", acrescentou.

Lecornu respondeu que o Tribunal Constitucional derrubaria o imposto de Zucman e disse que o governo estava aberto a desistir de seus planos de congelar as pensões e os benefícios sociais, que, de outra forma, não seriam ajustados no próximo ano pela inflação.

Zucman argumenta que seu imposto, extremamente popular nas pesquisas de opinião, garantiria que os ultra-ricos pagassem pelo menos o mesmo valor, proporcionalmente, que as pessoas de renda média.

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