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Papa nomeia sacerdote espanhol como novo arcebispo de Santiago

27 dez 2019 - 15h02
(atualizado às 15h14)
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O papa Francisco confirmou nesta sexta-feira como arcebispo de Santiago o sacerdote espanhol Celestino Aós, que estava temporariamente a cargo da arquidiocese após a renúncia do antigo chefe em meio ao escândalo de abusos sexuais que está abalando a Igreja Católica no Chile.

Catedral de Santiago, Chile 
18/05/2018
REUTERS/Ivan Alvarado
Catedral de Santiago, Chile 18/05/2018 REUTERS/Ivan Alvarado
Foto: Reuters

Ao assumir suas funções formalmente nesta sexta-feira, Aós reiterou que a Igreja buscará avançar nos múltiplos casos de abusos denunciados no Chile, mas observou que a justiça "tampouco atua movida pela paixão, a emoção do momento".

"Buscaremos a justiça, a verdade, a ajuda aos denunciantes, às pessoas que sofrem (...) quando há um abuso, quando há um excesso, quando há um delito", disse ele em uma entrevista à imprensa.

"Teremos que nos ocupar destes irmãos e teremos que nos ocupar de outros irmãos que estão sofrendo por outros motivos (...) porque não venho para me ocupar somente de uma parte da Igreja de Santiago", acrescentou.

O bispo Aós foi nomeado administrador apostólico da capital em março deste ano, quando o papa aceitou a renúncia do cardeal Ricardo Ezzati, investigado pela justiça por supostamente encobrir abusos sexuais cometidos por religiosos.

Procuradores locais investigam centenas de acusações que envolvem mais de 200 vítimas, que em sua maioria eram menores de idade na ocasião das agressões. Vários sacerdotes de alto escalão - incluindo o cardeal Francisco Javier Errázuriz - estão implicados no escândalo como acobertadores ou por supostamente terem cometido os atos.

O papa também nomeou Fernando Ramos Pérez, que cumpria funções interinas na cidade de Rancagua, ao sul da capital, como arcebispo de Puerto Montt, no norte chileno.

O diário La Tercera noticiou nesta sexta-feira que a Companhia de Jesus já havia firmado acordos de indenização com algumas das 22 vítimas que reconheceu em um relatório divulgado em meados do ano sobre os abusos do proeminente sacerdote da ordem Renato Poblete, já falecido.

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