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Oriente Médio

Oposição síria promete proteger inspetores da ONU

27 ago 2013 - 14h28
(atualizado às 14h58)
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Rebeldes da Síria afirmaram nesta terça-feira que estão comprometidos com a proteção dos inspetores da ONU nas regiões sob seu controle e que o adiamento da visita da missão se deveu aos bombardeios do regime.

Eles desmentiram as declarações do ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, que alegou que a equipe da ONU adiou para amanhã uma nova visita ao povoado de Muadamiya, alvo de um suposto ataque químico, por causa de desavenças entre grupos rebeldes para garantir a segurança da missão.

A coordenadora da opositora Rede Sham, Iman Al Huda, disse que os inspetores, cujo comboio foi alvo de disparos ontem, não tinham programada hoje uma visita a Muadamiya, mas sim em Samalka, Ain Terma e Yobar, todas na periferia de Damasco. "O Exército Livre Sírio (ELS) está preparado para proteger os especialistas, mas o regime começou a bombardear essas áreas pela manhã", denunciou a ativista.

Médicos e o ELS organizaram com os inspetores ontem a visita que aconteceria em Guta Oriental. Huda disse que os médicos e o ELS acertaram ontem com os investigadores da ONU a visita desta terça-feira em Guta Oriental, que foi cancelada.

Já os Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram hoje em comunicado que entraram em contato com ELS da região e que os rebeldes negaram as acusações de Muallem. O ELS argumentou que o regime sírio conseguiu convencer os membros da missão da ONU que suas vidas correriam perigo caso visitassem Guta Oriental.

A chefia rebelde entrou em contato com alguns membros da equipe da ONU para afirmar que o governo mente e que os insurgentes se comprometeram a oferecer proteção, acrescentaram os CCL.

A missão da ONU visitou ontem Muadamiya, onde conversou com sobreviventes e coletou amostras para a investigação do suposto ataque com armas químicas denunciado pela oposição síria na semana passada.

Os especialistas da ONU foram atacados ontem por franco-atiradores na entrada do povoado, disparos que inutilizaram um dos veículos. Governo e oposição se acusam da responsabilidade dos ataques.

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança de oposição, denunciou que pelo menos 1.300 pessoas morreram no ataque químico do regime, enquanto a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) confirmou 355 mortos com sintomas neurotóxicos, mas sem indicar o autor do massacre.

EFE   
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