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Oriente Médio

Apesar de críticas, EUA enviam mais munição a Israel

EUA criticaram novamente Israel pela morte de civis, mas enviaram munição adicional ao tradicional aliado

31 jul 2014 - 00h37
(atualizado às 01h01)
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Barack Obama pediu um cessar-fogo humanitário imediato e incondicional em Gaza, embora a ajuda militar ao aliado se mantenha intacta
Barack Obama pediu um cessar-fogo humanitário imediato e incondicional em Gaza, embora a ajuda militar ao aliado se mantenha intacta
Foto: Lefteris Pitarakis / AP

O Pentágono enviou munição adicional a Israel a pedido do governo israelense, que mantém a ofensiva contra a milícia do Hamas em Gaza e apesar dos pedidos de cessar-fogo e das críticas pela mortes de civis vindos de Washington.

O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, confirmou nesta quarta-feira as informações sobre o envio de mais munição dos Estados Unidos para Israel a pedido das Forças de Defesa israelenses.

"O Departamento de Defesa recebeu uma carta em 20 de julho pedindo uma venda normal de munição ao exterior. O pedido tramitou pelos canais normais e foi aceito em 23 de julho", explicou Kirby.

A venda de munição está estabelecida para casos de emergência no chamado Inventário de Reservas de Munição de Guerra de Israel, no valor de mais de US$ 1 bilhão e que permite aos israelenses dispor de munição de maneira urgente.

Entre as munições pedidas está a usada em lança-granadas e peças de morteiro de 120 milímetros, a mesma que provocou hoje a morte de 19 pessoas em uma escola-refúgio das Nações Unidas em Gaza.

O envio de munição foi divulgado no mesmo dia em que o governo americano condenou em termos mais duros que o habitual o bombardeio da escola da ONU em Gaza, a segunda vez que isto sucede.

"Estamos muito preocupados que milhares de deslocados internos palestinos que foram alertados pelo exército israelense para saírem de suas casas não estejam a salvo em refúgios designados pela ONU em Gaza", disse a porta-voz do Conselho Segurança Nacional da Casa Branca, Bernadette Meehan.

Israel acusa os militantes do Hamas de esconderem armas nas instalações das Nações Unidas e de lançar foguetes a partir de áreas residenciais, pondo em perigo os civis quando Tel Aviv contra-ataca.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu um cessar-fogo humanitário imediato e incondicional em Gaza, embora a ajuda militar ao aliado se mantenha intacta.

Esta semana o Congresso debate o envio de uma ajuda de emergência no valor de US$ 225 milhões para manter a operabilidade e os estoques de mísseis do sistema israelense da Cúpula de Ferro, que permitiu que nesta crise só três civis israelenses tenham sido vítimas dos foguetes lançados pelo Hamas contra a população civil.

Foto: Arte Terra

EFE   
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