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Mundo

Órgão da ONU examinará racismo e brutalidade policial "sistêmicos" nos EUA

15 jun 2020 - 09h24
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O principal organismo de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) realizará um debate urgente sobre as alegações de "racismo, brutalidade policial e violência sistêmicos contra protestos pacíficos" nos Estados Unidos na quarta-feira, informou um comunicado.

Protesto contra o racismo em Los Angeles
14/06/2020 REUTERS/Ringo Chiu
Protesto contra o racismo em Los Angeles 14/06/2020 REUTERS/Ringo Chiu
Foto: Reuters

A decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU veio após um pedido feito na semana passada por Burkina Faso em nome de países africanos, disse a entidade em um comunicado nesta segunda-feira.

Os EUA não são um dos 47 membros do fórum sediado em Genebra, dos quais se desligaram dois anos atrás alegando um viés contra seu aliado Israel.

"A morte de George Floyd, infelizmente, não é um incidente isolado", disse a carta do grupo africano divulgada pela ONU.

Ela se referia ao afro-norte-americano que morreu em 25 de maio sufocado quando um policial branco de Mineápolis ajoelhou-se sobre seu pescoço por quase nove minutos, o que desencadeou protestos nacionais e manifestações em todo o mundo.

"Os números de casos anteriores de pessoas desarmadas de descendência africana que tiveram o mesmo destino por causa da violência policial descontrolada são uma legião", disse a carta.

A "revolta internacional" provocada pela morte ressaltou a importância de o Conselho de Direitos Humanos debater o assunto, afirmou, observando que 600 grupos de ativistas e parentes de vítimas pediram uma sessão na semana passada.

Na sexta-feira, o Conselho da Cidade de Mineápolis aprovou por unanimidade uma resolução que advoga um sistema de segurança pública liderado pela comunidade no lugar do departamento de polícia após a morte de Floyd.

A morte de Rayshard Brooks, um negro morto por um policial branco de Atlanta também na sexta-feira, voltou a atiçar protestos na cidade norte-americana. Ela foi considerada um homicídio causado por feridas de tiros nas costas, disse o escritório do legista no domingo.

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