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Oceania

Náufrago salvadorenho telefona das Ilhas Marshall para sua família

4 fev 2014 - 06h35
(atualizado às 06h36)
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O pescador ficou à deriva por 14 meses até ser achado a 10 mil quilômetros de distância
O pescador ficou à deriva por 14 meses até ser achado a 10 mil quilômetros de distância
Foto: AFP

O náufrago de El Salvador, que garante ter passado mais de um ano à deriva e que foi encontrado na semana passada em um remoto atol das Ilhas Marshall, falou nesta terça-feira com sua família, segundo fontes do hospital em que foi internado.

José Alvarenga "falou com sua mãe e seu pai esta manhã e já recebeu alta do hospital" disse à agência EFE Ron Mendoza, um dos médicos do Hospital de Majuro, a capital das Ilhas Marshall, ao explicar que o único problema do paciente são as enzimas do fígado que estão em um nível elevado, o que está relacionado com a inanição.

Alvarenga deve ter alta hoje e será transferido para um hotel para "ficar tranquilo" à espera de sua repatriação, comentou a fonte do hospital.

O náufrago, que inicialmente se acreditava ser de nacionalidade mexicana, é oriundo da cidade salvadorenha de Guarita Palmeira, e seu último lugar de residência era na costa azul do estado mexicano de Chiapas, de acordo com a Secretaria de Relações Exteriores do México.

O pescador aparentemente partiu do México no final de 2012 em uma expedição para pescar tubarões nas águas de El Salvador junto com um companheiro que provavelmente morreu há alguns meses em alto-mar.

Seu barco de sete metros foi arrastado no dia 30 de janeiro de 2014 até um recife perto de Ebon, um remoto atol das Ilhas Marshall, onde os aldeões o encontraram e tiveram problemas para se comunicar com ele, pois fala somente o espanhol.

As autoridades das Ilhas Marshall enviaram um navio até Ebon para levá-lo a Majuro. Alvarenga contou que conseguiu sobreviver por tantos meses bebendo sangue de tartaruga, quando faltava água da chuva, e comendo quelônios, aves e peixes que capturava com as próprias mãos.

EFE   
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