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Nova Zelândia suspende tratado de extradição com Hong Kong

28 jul 2020 - 10h03
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A Nova Zelândia suspendeu seu tratado de extradição com Hong Kong e fez uma série de outras mudanças após a decisão chinesa de sancionar uma lei de segurança nacional para o território, informou o ministro das Relações Exteriores neozelandês, Winston Peters, nesta terça-feira.

Ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia, Winston Peters, durante entrevista coletiva em Istambul
22/03/2019 REUTERS/Murad Sezer
Ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia, Winston Peters, durante entrevista coletiva em Istambul 22/03/2019 REUTERS/Murad Sezer
Foto: Reuters

"A Nova Zelândia não consegue mais acreditar que o sistema de Justiça criminal de Hong Kong é suficientemente independente da China", disse Peters em um comunicado.

"Se a China, no futuro, mostrar aderência à estrutura 'um país, dois sistemas', poderíamos reconsiderar esta decisão."

Pequim impôs a nova legislação à ex-colônia britânica no início do mês, apesar dos protestos de moradores de Hong Kong e de nações ocidentais, colocando o pólo financeiro em um rumo mais autoritário.

Austrália, Canadá e Reino Unido suspenderam tratados de extradição com Hong Kong no começo de julho. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou o tratamento econômico preferencial da cidade.

Peters disse que a Nova Zelândia tratará as exportações de bens militares e de uso duplo e de tecnologia para Hong Kong da mesma forma que trata tais exportações para a China, parte de uma revisão de seu relacionamento geral com a ilha.

As recomendações de viagem foram atualizadas para alertar os neozelandeses dos riscos apresentados pela nova lei de segurança, acrescentou ele.

Em um comunicado publicado em seu site, a embaixada chinesa na Nova Zelândia classificou a decisão como uma violação da lei internacional e uma interferência grave nos assuntos internos da China.

"O lado chinês registrou sua preocupação grave e sua oposição forte", disse um representante da embaixada no comunicado.

A China se reserva o direito de uma reação adicional, disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, durante uma coletiva de imprensa diária em Pequim nesta terça-feira.

A China é a maior parceira comercial da Nova Zelândia - recentemente, o comércio bilateral passou de 21 bilhões de dólares.

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