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Netanyahu ordena novos ataques a Gaza após acusar Hamas de violar cessar-fogo

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou nesta terça-feira (28) que o Exército realizasse ataques imediatos na Faixa de Gaza, após acusar o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo.

28 out 2025 - 14h57
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou nesta terça-feira (28) que o Exército realizasse ataques imediatos na Faixa de Gaza, após acusar o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo.

Pessoas observam militantes do Hamas carregando um corpo recuperado de um túnel em uma área ao norte de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 28 de outubro de 2025.
Pessoas observam militantes do Hamas carregando um corpo recuperado de um túnel em uma área ao norte de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 28 de outubro de 2025.
Foto: AFP - BASHAR TALEB / RFI

Após uma reunião, "o primeiro-ministro ordenou que o Exército realizasse imediatamente ataques poderosos na Faixa de Gaza", afirmou um breve comunicado de seu gabinete, sem maiores detalhes.

Israel acusa o Hamas de descumprir o acordo de trégua após o movimento islâmico palestino ter devolvido restos mortais de um refém, parte dos quais já havia sido recuperada pelo Exército, o que provocou revolta entre familiares e autoridades israelenses.

Pouco antes do anúncio de Israel, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas, afirmaram que um novo corpo de refém, "encontrado recentemente em um túnel de Gaza", seria entregue ainda nesta terça-feira.

Na primeira fase do acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 10 de outubro, o Hamas libertou, até o dia 13, todos os 20 reféns vivos que mantinha em Gaza desde o ataque contra Israel, em 7 de outubro de 2023.

O movimento islâmico também deveria devolver os corpos de 28 reféns, mas até o momento entregou apenas 15, alegando dificuldades em localizá-los em meio à destruição causada pela ofensiva israelense.

"Violação flagrante"

Na noite de segunda-feira (27), o Exército israelense anunciou que a Cruz Vermelha havia recebido um caixão contendo o corpo de um refém. No entanto, após testes de identificação, as autoridades israelenses informaram, na terça-feira, que os restos mortais devolvidos eram, na verdade, de Ofir Tzarfati, cujos restos já haviam sido trazidos de Gaza há cerca de dois anos.

"Esta é uma violação flagrante do acordo de trégua", denunciou o gabinete de Netanyahu, anunciando uma reunião de segurança de emergência.

"Em termos de consequências para o Hamas, nada está descartado no momento", declarou Shosh Bedrosian, porta-voz do governo. "Mas tudo está sendo feito em total coordenação com os Estados Unidos, com o presidente Trump e sua equipe."

O Fórum das Famílias, principal associação israelense que faz campanha pelo retorno dos reféns, pediu ao governo Netanyahu que aja de forma decisiva contra o Hamas por suas "violações" do acordo.

Segundo o Fórum, alguns dos restos mortais de Ofir Tzarfati foram repatriados pela primeira vez no final de 2023 e novamente em março de 2024.

Para o ministro da Segurança Interna, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, o fato de "o Hamas continuar a cooperar e não transferir imediatamente todos os restos mortais" prova que o movimento "ainda está de pé". "É hora de quebrar as pernas de uma vez por todas", declarou.

Dificuldade de encontrar corpos

O Hamas afirma pretender devolver todos os corpos dos reféns, mas reitera que, em um território devastado por dois anos de bombardeios, encontrá-los é "complexo e difícil".

Aliado de Israel, os Estados Unidos têm reiteradamente ameaçado o movimento islâmico de aniquilação caso não cumpra o compromisso de devolver todos os reféns.

Israel bombardeou Gaza em 19 de outubro, colocando à prova a frágil trégua. Uma fase posterior do plano de Trump também inclui o desarmamento do Hamas, a anistia ou o exílio de seus combatentes, e a continuação da retirada israelense da Faixa de Gaza.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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