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Mundo

Naufrágio deixa mais de 100 desaparecidos na Líbia

Apenas 16 pessoas foram resgatadas de barco de refugiados

2 jul 2018 - 16h30
(atualizado às 18h03)
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Um novo naufrágio de uma embarcação com deslocados externos na costa da Líbia deixou pelo menos 114 pessoas desaparecidas nesta segunda-feira (2), segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

O barco levava 130 pessoas, das quais 16 foram resgatadas. "Mais um dia triste no mar: hoje, 276 refugiados e migrantes desembarcaram em Trípoli, incluindo 16 sobreviventes de um barco carregando 130 pessoas, das quais 114 estão desaparecidas", diz uma mensagem postada no Twitter pelo escritório do Acnur na Líbia.

Um representante da entidade, contatado pela ANSA, confirmou que se trata de um novo naufrágio. No último domingo (1º), outro acidente no Mediterrâneo já havia deixado 63 desaparecidos. "Sabemos que a embarcação havia zarpado de Garabuli dois dias atrás e que afundou", disse a fonte sobre o naufrágio desta segunda.

Na semana passada, outro desastre, também na costa da Líbia, deixara mais de 100 mortos, incluindo três bebês. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), ao menos 1.068 pessoas já morreram ou desapareceram tentando cruzar o Mediterrâneo Central em 2018.

O número, apesar de alto, representa uma queda de 51% em relação ao mesmo período do ano passado. De lá para cá, a região passou a ser monitorada pela Guarda Costeira da Líbia, equipada e treinada pela Itália. Com isso, as pessoas resgatadas no Mediterrâneo são levadas de volta para o país africano, onde há inúmeras denúncias de violações dos direitos humanos.

Nesta segunda-feira, a porta-voz da Comissão Europeia para Migração, Natasha Bertaud, negou categoricamente qualquer hipótese de que pessoas socorridas por navios europeus sejam devolvidas à Líbia.

"Nunca haverá navios europeus devolvendo migrantes à Líbia. Isso vai contra nossos valores, o direito internacional e o europeu. Estamos bem cientes da situação desumana de muitos migrantes na Líbia", declarou.

Ansa - Brasil   
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