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"Não somos colônia": presidente mexicano mantém posição de não reconhecer vitória de Biden

11 nov 2020 - 19h12
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O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, firmou posição nesta quarta-feira como um dos poucos líderes entre países importantes que ainda não parabenizaram Joe Biden pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, dizendo ser muito cedo e que seu país não é uma colônia.

Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador
11/11/2020
Presidência/Divulgação via REUTERS
Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador 11/11/2020 Presidência/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

López Obrador, que acusou rivais de fraude eleitoral em suas derrotas eleitorais em 2006 e 2012, afirma que não tem lado nas eleições dos EUA e vai esperar até que as contestações judiciais lançadas pelo governo de Donald Trump sobre a votação tenham se esgotado.

"Não podemos fazer qualquer tipo de reconhecimento de um governo que ainda não está constituído legalmente e legitimamente", disse ele em entrevista coletiva. "Não cabe a nós, isso é intervencionismo."

López Obrador não hesitou em felicitar os vencedores da eleição presidencial de 2019 na Bolívia, posteriormente anulada por irregularidades. Críticos afirmam que sua posição sobre Biden não parece neutra.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que tem repetidamente ameaçado prejudicar economicamente o México se o país não coibir a imigração ilegal, tem se recusado a aceitar a derrota e entrou com processos na Justiça.

Autoridades estaduais dizem não ter conhecimento de nenhuma irregularidade significativa, no entanto.

Enquanto estava na oposição, López Obrador comparou Trump ao ditador nazista Adolf Hitler e prometeu colocá-lo "em seu lugar", caso fosse eleito. Desde que assumiu o cargo, há quase dois anos, ele tem se esforçado para evitar conflitos com o presidente norte-americano.

"Não somos uma colônia. Somos um país livre, independente e soberano. O governo mexicano não é uma marionete de nenhum governo estrangeiro", disse López Obrador, que faz parte de um grupo cada vez menor de líderes mundiais que ainda não parabenizou Biden, juntamente com o presidente Jair Bolsonaro, o russo Vladimir Putin e o chinês Xi Jinping.

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