Mulher que matou ex é presa por violência doméstica contra novo marido
Mulher registrou uma denúncia contra o marido, com quem tem um filho. Caso aconteceu na Argentina
Argentina Julieta Silva, que matou o namorado em 2017, cumpriu pena, se casou e agora enfrenta nova prisão domiciliar após ser acusada de violência doméstica pelo atual marido, com quem também registrou queixa.
A argentina Julieta Silva, de 29 anos, natural de Mendoza, voltou a aparecer nos noticiários após ser alvo de denúncia de violência doméstica contra o atual marido, que conheceu após sair da prisão. Ela viveu um escândalo por ter matado o namorado jogador de rúgbi de 25 anos em San Rafael em 2017. As informações são do jornal La Nación.
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Julieta matou o namorado, Genaro Fortunato, em 2017, quando os dois saíam de uma boate e tiveram uma discussão. Eles saíram do local, ela entrou no carro, mas ele não. Foi então que a mulher atropelou o namorado, que morreu. Houve várias versões de como o assassinato ocorreu, incluindo a de que ela não só o atropelou uma vez, mas depois voltou e atropelou o corpo dele novamente. No entanto, isso não pode ser provado no julgamento.
Apesar da acusação e a família pedirem pena de 14 anos de prisão, a versão do advogado de Julieta foi acatada, de que ela não teria visto o namorado, e passou por ele porque estava nervosa, sem óculos, embriagada e estava chovendo.
Ela acabou sendo condenada a três anos e meio de prisão e cumpriu pena em regime domiciliar por ser mãe de dois filhos. Durante a prisão, no entanto, ela enfrentou outra polêmica ao aparecer em uma foto com amigos em uma festa.
Após o cumprimento da pena, ela reconstruiu a vida em meio ao julgamento da sociedade, que acredita que o crime ocorreu de forma proposital, apesar da condenação como culposa. Segundo o Diario UNO, ao recuperar a liberdade, Julieta se casou com um homem chamado Lucas Giménez.
O marido recentemente denunciou a esposa por violência de gênero contra ele. Ela foi presa novamente e colocada em prisão domiciliar após ser acusada de ferimentos leves. Ela está proibida de se aproximar do esposo.
Segundo o Mendoza Post, o caso aconteceu em 12 de julho, quando Giménez ligou para o serviço de emergência pelo telefone 911. Ele descreveu o que estava acontecendo com sua companheira em casa. Quando a polícia chegou, entrou na casa e o encontrou escondido no banheiro. Ele tinha um arranhão e um inchaço no rosto.
Julieta também registrou uma denúncia contra o marido, com quem tem um filho de um ano, na Promotoria de Justiça de Violência de Gênero.
O pai de Genaro, namorado morto por Julieta em 2017, diz que a justiça não quer ver a culpa da mulher.
“O que me surpreende nisso é que os únicos que não viram intenção [no assassinato do filho] foram os juízes, porque o resto de nós viu. E isso, de alguma forma, confirma isso. Quando você vê [o que aconteceu com Giménez], começa a pensar que não estava tão errado”, afirmou. “Agora estou convencido que não estávamos tão longe da realidade. Isso não nos surpreende. Presumimos que isso iria acontecer. Não sabíamos quando, nem como, nem de que maneira, nem com que intensidade, mas sabíamos que algo assim estava acontecendo, porque tudo isso de alguma forma provou isso”, falou ao jornal local.