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'Mudanças climáticas exigem ação imediata', dizem europeus

Declaração conjunta foi assinada por 16 chefes de Estado

23 nov 2018 - 14h33
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A presidência da Itália divulgou nesta sexta-feira (23) uma declaração conjunta de 16 chefes de Estado europeus tendo em vista a COP 24, conferência sobre mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), que será realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro em Katowice, na Polônia. Entre os países signatários do documento estão Alemanha, Suécia, Hungria, Irlanda e Finlândia.

    "As mudanças climáticas são o desafio-chave do nosso tempo. A nossa geração é a primeira a experimentar o rápido aumento das temperaturas em todo o mundo e, provavelmente, a última que efetivamente poderá combater a iminente crise climática global", adverte a declaração.

    "No que diz respeito às competências científicas e aos meios financeiros, temos a obrigação para com as gerações futuras de fazer tudo que é humanamente possível para parar as mudanças climáticas e responder aos seus perniciosos efeitos. Façamos um apelo à comunidade internacional e a todas as partes envolvidas no Acordo de Paris: ajamos em conjunto de forma decidida e rápida para parar a crise climática global", prossegue o texto.

    "Os efeitos das mudanças climáticas são bem documentados e sentidos por todo o mundo: o dramático aumento das ondas de calor, inundações, secas e deslizamentos, o encolhimento das calotas polares, o aumento no nível do mar, a escassez de água e a crise na agricultura são alguns dos resultados imediatos desta situação, que tem um impacto devastador sobre os seres humanos, reduzindo-lhes à fome e obrigando-os a migrarem. Os estados da Europa sentem os efeitos imediatos de tal estado de coisas: ondas de calor e incêndios devastaram vastas áreas da Grécia ao Círculo Polar Ártico, causando mortes de dezenas de milhares de mulheres, homens e crianças e eliminando, para outros, a possibilidade de sustentar-se" continua.

    "No século passado, a temperatura média do planeta aumentou em cerca de um grau com relação ao período pré-industrial, um evento que não tem precedentes na história da humanidade. A crise climática é uma preocupação de todos nós. O aquecimento global é um obstáculo para a economia global: ameaça diversos setores, entre eles a agricultura, turismo, energia, recursos hídricos e, inevitavelmente, representa uma séria ameaça à paz e estabilidade em todo o mundo", acrescenta o texto.

    De acordo com a declaração, os chefes devem definir na COP24 qual será a participação de cada país na redução das emissões de gás carbônico, com o estabelecimento de metas para 2025 e 2030.

    Os países também decidirão objetivo de longo prazo para substituir a energia fóssil (petróleo e derivados) para a renovável.

Ansa - Brasil   
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