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Muçulmanos rohingya continuam a fugir de Mianmar, diz chefe de direitos humanos da ONU

4 jul 2018 - 17h07
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Os muçulmanos rohingya continuam fugindo de Mianmar, no Estado de Rakhinem, muitos alegando violência, perseguição, assassinatos e incêndio de suas casas, disse o chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas nesta quarta-feira.

Alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, durante reunião em Genebra
20/06/2018 REUTERS/Denis Balibouse
Alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, durante reunião em Genebra 20/06/2018 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

Até agora neste ano, 11.432 chegaram a Bangladesh, para onde mais de 700 mil fugiram desde a ofensiva militar em agosto de 2017 em Mianmar, no norte do Estado de Rakhine, disse Zeid Ra'ad al-Hussein.

"Nenhuma quantidade de retórica pode encobrir esses fatos. As pessoas ainda estão fugindo da perseguição em Rakhine, e estão até arriscando suas vidas no mar para escapar", disse Zeid ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

Muitos dos refugiados rohingya também relatam serem pressionados por autoridade de Mianmar a aceitar um cartão de verificação nacional que diz que eles precisam se inscrever para terem cidadania, ele disse.

A questão da cidadania está no centro da discussão da situação deles, disse Zeid, acrescentando que os cartões "marcam os rohingya como não-cidadãos, mantendo a caracterização do governo deles como estrangeiros em sua própria terra natal".

As autoridades em Mianmar, de maioria budista, negam cometer abusos de direitos humanos em grande escala. Autoridades dizem que a ofensiva em Rakhine é uma resposta necessária à violência do Exército de Salvação de Arakan Rohingya (ARSA, na sigla em inglês), que atacou postos de segurança em Mianmar.

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