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Michael Moore diz que Salvini é 'racista' e 'hipócrita'

Documentário de cineasta critica lideranças políticas atuais

22 out 2018 - 12h44
(atualizado às 13h29)
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O cineasta Michael Moore não economiza críticas em "Fahrenheit 11/9", seu novo documentário político que foi exibido no último sábado (20) na Festa do Cinema de Roma, que acontece até o dia 28 deste mês na capital.

Michael Moore diz que Salvini é 'racista' e 'hipócrita'
Michael Moore diz que Salvini é 'racista' e 'hipócrita'
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Se o inimigo declarado dessa produção cinematográfica é o presidente americano Donald Trump, que no final é até comparado a Hitler, o italiano Matteo Salvini e outras figuras políticas não ficaram de fora dos ataques de Moore durante coletiva de imprensa que antecedeu a exibição do filme.

Moore definiu Salvini como "racista e "hipócrita". "Se ele é contra o matrimônio gay, que faça o seu casamento heterossexual, mas deixe em paz quem pensa diferente. Amor é amor", disparou.

Além disso, o cineasta disse que, durante os cinco dias em que assistiu à televisão na Itália, não gostou do que viu. "Quando os ricos têm o controle da mídia, querem fazer programas que deixam as pessoas estúpidas", afirmou.

"Fahrenheit 11/9" aborda principalmente a eleição presidencial norte-americana de 2016, e as consequências da administração Trump durante os dois anos seguintes. Depois da estreia no festival, o documentário será transmitido pela emissora italiana La7, que comprou os direitos de reprodução do filme no país.

Caem também sobre os golpes do cineasta os erros dos democratas e da imprensa americana, que não apostaram na vitória de Trump, os erros de Obama, especialmente durante a visita a Flint, cidade poluída de água cheia de chumbo no Michigan, que aparece durante grande parte do filme.

Aos italianos, Moore declarou: "Vocês eram grandes e devem voltar a ser. Quando eu vim para Itália há 30 anos, fui entrevistado por um jornalista do 'L'unità', jornal comunista que tinha um milhão de leitores. O que aconteceu com vocês?".

Por fim, fazendo referência a Salvini, criticou: "Eu não diria 'primeiro, os italianos', mas, primeiro, a Itália".

Ansa - Brasil   
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