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Medo de escassez de comida cresce no Reino Unido em meio a isolamento contra Covid

22 jul 2021 - 09h32
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Supermercados, atacadistas e transportadoras britânicos estavam sofrendo nesta quinta-feira para garantir uma oferta estável de comida e combustível, após um aplicativo de Saúde dizer a centenas de milhares de trabalhadores para se isolarem após terem contato com alguém com Covid-19.

Supermercado em Londres, Reino Unido
15/03/2020 REUTERS/Henry Nicholls
Supermercado em Londres, Reino Unido 15/03/2020 REUTERS/Henry Nicholls
Foto: Reuters

Os casos de coronavírus no Reino Unido crescem há um mês, com mais de 44.000 registrados na quarta-feira.

Os jornais britânicos publicaram em suas primeiras páginas fotos de prateleiras vazias em supermercados. Repórteres da Reuters disseram que itens alimentícios estavam no geral disponíveis em lojas de Londres, embora haja uma certa escassez de água engarrafada, refrigerantes e alguns produtos de salada e carne.

"Estamos muito preocupados com a situação", disse o secretário de Negócios, Kwasi Kwarteng, à emissora Sky, ao ser questionado sobre as reportagens de prateleiras vazias de supermercados em algumas áreas. "Estamos monitorando a situação."

Ele disse que não reconhecia a caracterização de prateleiras de supermercado "desnudas" feita pela Sky.

O segundo maior grupo de supermercado do Reino Unido, o Sainsbury, disse que clientes no geral encontrariam os produtos que querem, mas talvez nem todas as marcas.

"Estamos trabalhando duro para garantir que clientes encontrem o que precisam", disse o porta-voz do Sainsbury.

"Embora nem sempre tenhamos o produto exato que o cliente está procurando em todas as lojas, grandes quantidades de produtos estão sendo entregues às lojas diariamente e nossos colegas estão focados em colocá-los nas prateleiras o mais rápido possível."

A aposta do primeiro-ministro Boris Johnson de que ele poderia reabrir a economia da Inglaterra, porque muitas pessoas já foram vacinadas, tem sido manchada pela "pingdemia", na qual as pessoas têm sido orientadas pelo aplicativo de rastreamento de contato a se isolarem por 10 dias.

A redução drástica de funcionários que isso causou tem semeado o caos em setores como o fornecimento de alimentos, transportes, supermercados, hospitalidade, manufatura e imprensa. Para evitar confusões, muitos simplesmente deletaram o aplicativo dos seus celulares.

Os ministros britânicos disseram que o aplicativo tem um papel importante no combate à disseminação do vírus e permitiram que alguns trabalhadores em cargos críticos continuassem trabalhando.

O país tem a sétima maior contagem de mortes do mundo por Covid-19 e novas infecções recordes são projetadas após o fim das restrições de 19 de julho na Inglaterra, caracterizado por Johnson como "Dia da Liberdade".

Mas um programa rápido de vacinação que aplicou uma dose de vacina em 87% dos adultos e duas em mais de 68% parece ter enfraquecido a ligação entre infecções e mortes, com as fatalidades diárias permanecendo relativamente baixas.

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