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Marcha da Paz na Itália faz apelo por Nobel em Riace

Cidade italiana é famosa pelo acolhimento de imigrantes

7 out 2018 - 14h17
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Milhares de pessoas participaram neste domingo (7) da Marcha da Paz Perugia-Assis, na Itália, para lutar pela "paz, respeito pelos direitos humanos e contra todas as formas de discriminação". No ato, os manifestantes ainda pediram para que, no próximo ano, haja a nomeação de um candidato ao Nobel da Paz em Riace, cidade conhecida pelo acolhimento de imigrantes.

    O evento reuniu milhares de pessoas, sendo pelo menos 10 mil estudantes e jovens, de acordo com os organizadores, procedentes de 500 cidades. Os manifestantes carregavam bandeiras e apoiavam o prefeito de Riace, Domenico Lucano, preso na última terça-feira (2), sob a acusação de favorecimento à imigração clandestina. Na chuva, a Marcha da Paz percorreu 25 quilômetros, de Perugia a Rocca de Assis, e levou representantes de organizações não governamentais, de partidos políticos, de organizações estudantis e de associações de jornalistas. Uma das faixas dizia: "A solidariedade não para, estou com Riace".

    "A presença da marcha da paz é uma confirmação do nosso compromisso contra a guerra e para o desarmamento. Longe dos holofotes da mídia, há dezenas de conflitos em todo o mundo, muitas vezes alimentados por armas vendidas por países ocidentais, incluindo a Itália", explicou Giuseppe Civati, fundador da marcha.

    Para ele, a "mensagem de paz deve ser sempre central para a estratégia política de uma esquerda moderna e inovadora. Pedir paz é um ato de grande coragem".

    Em relação ao Nobel da Paz, a proposta foi organizada por Flavio Lotti, um dos coordenadores da passeata. "Não estamos nos referindo a pessoas em particular e não quero personalizar a questão, mas, como comitê organizador, propomos que o próximo Nobel da Paz seja dado a um modelo de acolhimento, integração e solidariedade, que serve para todos que respondem aos valores que inspiram a marcha", explicou. Em sua conta no Twitter, a presidente da Câmera dos Deputados da Itália, Laura Boldrini, defendeu "os valores de uma democracia saudável". "A paz não é dada para sempre, mas deve se defendida todos os dias pelo clima de ódio e pelos traficantes do medo", escreveu.

Ansa - Brasil   
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