Lula alerta para 'golpe' na Guatemala e defende Cuba na ONU
Presidente também saiu em defesa de Julian Assange
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou nesta terça-feira (19) para o risco de um "golpe" na Guatemala e cobrou o fim do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU.
Durante o pronunciamento, o mandatário brasileiro disse que é "perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças".
"Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino. A este caso, se somam a persistência da crise humanitária no Haiti, o conflito no Iêmen, as ameaças à unidade nacional da Líbia e as rupturas institucionais em Burkina Fasso, Gabão, Guiné-Conacri, Mali, Níger e Sudão", declarou Lula no púlpito da ONU.
"Na Guatemala, há o risco de um golpe, que impediria a posse do vencedor de eleições democráticas", disse o mandatário, em referência ao presidente eleito Bernardo Arévalo, cujo partido, o Movimento Semente, é alvo da Justiça.
Lula também afirmou que o Brasil "seguirá denunciando medidas tomadas sem amparo na Carta da ONU, como o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse país como Estado patrocinador de terrorismo".
Além disso, o presidente destacou que é "fundamental preservar a liberdade de imprensa" e cobrou a libertação do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que está perto de ser extraditado pelo Reino Unido aos Estados Unidos.
"Um jornalista, como Julian Assange, não pode ser punido por informar a sociedade de maneira transparente e legítima", afirmou.