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Líder da Catalunha pede reunião para negociar crise política

Primeiro-ministro espanhol cobrou condenação da violência

19 out 2019 - 20h51
(atualizado às 21h45)
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O atual presidente da Catalunha, Quim Torra, pediu ao primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, uma reunião para tentar negociar uma "saída política" para colocar fim nos protestos na região desencadeados após a condenação de líderes separatistas, que entrou no seu sexto dia neste sábado (19).

Líder da Catalunha pede reunião para negociar crise política
Líder da Catalunha pede reunião para negociar crise política
Foto: EPA / Ansa - Brasil

    "Nenhuma forma de violência nos representa ou representa o exercício da democracia e da liberdade", disse ele, enfatizando que "a causa da liberdade é imparável" e irá até "onde o povo da Catalunha quiser". Torra pediu para Sánchez abrir as negociações depois da manifestação realizada ontem (18) que reuniu meio milhão de pessoas nas ruas de Barcelona e foi marcada por confrontos.

    "A violência nunca foi e nunca será nossa bandeira nem em Barcelona, nem em Tarragona, nem em Girona, nem em Lleida, nem em nenhum dos 947 municípios de nosso país", insistiu.

    O primeiro-ministro espanhol, por sua vez, rebateu Torra dizendo que ele precisa "condenar veementemente a violência, o que ainda não fez".

    Os protestos tiveram início depois que, na última segunda-feira (14), o Supremo Tribunal da Espanha condenou 12 líderes que tentaram declarar a independência da região no ano de 2017 a penas de prisão de até 13 anos.

    Em seu discurso, o presidente da Catalunha chegou a reiterar que considera a decisão da justiça contra os separatistas "injusta" e exigiu uma "solução política" para a região.

    "Pedimos a Pedro Sánchez que estabeleça dia e hora para abrir uma mesa de negociações". "Há muito tempo solicitamos uma resposta política ao conflito e hoje é mais urgente do que nunca", argumentou.

    Na última sexta, os atos em Barcelona deixaram 54 pessoas presas e pelo menos 182 feridas. De acordo com as autoridades locais, mais de 500 mil participaram das mobilizações, embora os organizadores registraram mais de 750 mil.

Ansa - Brasil   
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