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Jornal diz que agência de armas químicas fez inspeção na Rússia na semana passada

6 abr 2018 - 10h39
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Inspetores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) realizaram uma inspeção em uma localidade não revelada da Rússia na semana passada, disse o jornal oficial do Ministério da Defesa russo nesta sexta-feira.

Não ficou claro se a inspeção teve relação com o envenenamento do ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha Yulia no Reino Unido com uma toxina nervosa ou se foi algo rotineiro.

Uma fonte diplomática, que falou sob condição de anonimato por causa das regras de confidencialidade da Opaq, disse ser improvável que a visita tenha tido relação com o ocorrido na cidade inglesa de Salisbury.

"Deve ter sido ligado a uma inspeção de rotina" de instalações de uma indústria química, disse a fonte.

A Opaq, que tem sede em Haia, está envolvida na investigação dos Skripal, e no mês passado um tribunal inglês deu permissão para seus especialistas testarem amostras de sangue retiradas dos Skripal. Os inspetores da Opaq também estão analisando a toxina usada no ataque.

As amostras estão sendo examinadas em laboratórios independentes que devem apresentar seus resultados à Opaq confidencialmente na próxima semana. A agência não identificará um culpado, mas confirmará se uma arma química proibida foi ou não usada.

As provas científicas serão fornecidas primeiramente à delegação britânica, que disse que as compartilhará com os 41 membros do conselho executivo da Opaq, entre eles Estados Unidos e Rússia.

O jornal oficial do Ministério da Defesa russo, Krasnaya

Zvezda (Estrela Vermelha), publicou nesta sexta-feira um gráfico que mostra eventos ocorridos ao longo da semana passada que incluem uma menção de uma visita de um "grupo de inspeção do Secretariado Técnico da Opaq" à Rússia, sem dar maiores detalhes.

O país finalizou a destruição de cerca de 40 mil toneladas de armas químicas que declarou à Opaq no ano passado. Uma visita também pode ter sido um acompanhamento de rotina do processo de verificação.

O Reino Unido disse ser "altamente provável" que o Estado russo seja culpado pelo envenenamento de Skripal e sua filha. Autoridades britânicas afirmaram que eles foram envenenados com o agente nervoso Novichok, que dizem ter sido desenvolvido na antiga União Soviética.

Moscou nega qualquer envolvimento no ataque e diz não ter nenhum estoque de Novichok ou de qualquer outra arma química. O caso provocou uma crise diplomática, e dezenas de diplomatas foram expulsos de vários países.

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