Jihad Islâmica aceita trégua com Israel
Após quase três dias de bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, o grupo palestino Jihad Islâmica aceitou neste domingo (7) a instituição de um cessar-fogo mediado pelo Egito.
Por meio de um comunicado, Mohammad al-Hindi, chefe do braço político da milícia, disse que o pacto inclui o compromisso do Cairo de trabalhar pela libertação de dois prisioneiros pelas autoridades de Israel: Khalil Awawdeh e Bassem al-Saadi.
Este último é uma das lideranças da Jihad Islâmica e foi detido na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967, no início da semana passada.
Segundo o governo israelense, a operação "Amanhecer", iniciada na sexta-feira (5), tinha como objetivo evitar possíveis retaliações por parte da Jihad Islâmica pela prisão de Al-Saadi.
Os bombardeios contra a Faixa de Gaza mataram mais de 40 palestinos, incluindo crianças. O grupo fundamentalista, por sua vez, disparou mais de 780 foguetes e tiros de morteiro em direção a Israel, mas sem deixar vítimas.
Segundo a imprensa israelense, o governo já aceitou a trégua com a Jihad Islâmica, mas ainda não há confirmação oficial por parte do gabinete do premiê Yair Lapid, que já está em ritmo de campanha para as eleições de 1º de novembro.