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Mundo

Itália proíbe viajantes e voos provenientes do Brasil

Medida também atinge mais 12 países que não controlaram pandemia

9 jul 2020 - 14h23
(atualizado às 15h14)
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O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, determinou nesta quinta-feira (9) a proibição de entrada e trânsito para pessoas com passagem recente pelo Brasil ou por outros 12 países que ainda não controlaram a pandemia do novo coronavírus.

Zona de controle de fronteiras no Aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma
Zona de controle de fronteiras no Aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A medida também atinge Armênia, Bahrein, Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Chile, Kuwait, Macedônia do Norte, Moldávia, Omã, Panamá, Peru e República Dominicana. "Não podemos deixar que os sacrifícios feitos pelos italianos nos últimos meses sejam em vão", declarou o ministro.

A proibição foi assinada por Speranza após consultas aos ministros das Relações Exteriores (Luigi Di Maio), do Interior (Luciana Lamorgese) e dos Transportes (Paola De Micheli) e vale para aqueles que tenham transitado por algum dos 13 países nas duas semanas anteriores à viagem.

Cidadãos italianos estão isentos, mas terão de cumprir 14 dias de quarentena após o retorno. Além disso, o governo também suspendeu todos os voos diretos e indiretos de e para as 13 nações indicadas. Até então, eram permitidas viagens consideradas essenciais relativas a esses países.

Novos casos

A medida chega após as autoridades sanitárias da Itália terem detectado 39 novos casos na comunidade bengalesa, todos ligados a voos com autorizações especiais provenientes de Daca, capital de Bangladesh.

Já na última quarta (8), 125 bengaleses foram barrados no Aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma, após o desembarque de um avião originário de Doha, no Catar.

Um dos objetivos da nova medida do governo italiano é coibir a entrada de pessoas provenientes de lugares de risco e que conseguem burlar os controles fazendo conexões em outros países.

As fronteiras da Itália estão abertas para Estados-membros do Espaço Schengen e para as 15 exceções liberadas pela União Europeia no dia 1º de julho: Argélia, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.

No caso de chegadas provenientes desses 15 países, no entanto, as autoridades italianas exigem quarentena obrigatória de 14 dias para os viajantes.

A Itália chegou a ser o país mais atingido pela pandemia de coronavírus e hoje tem 242.363 casos e 34.926 óbitos, mas o número de novos contágios vem caindo constantemente desde o fim de março.

Ansa - Brasil   
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