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Mundo

Itália diz estar 'preocupada' com estudante preso no Egito

Patrick George Zaky é aluno da Universidade de Bolonha

18 fev 2020 - 17h50
(atualizado às 18h10)
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O Ministério das Relações Exteriores da Itália afirmou nesta terça-feira (18) que a prisão no Egito do estudante Patrick George Zaky, da Universidade de Bolonha, é fonte de "grande preocupação".

Manifestação em Bolonha pede a libertação de Patrick Zaky
Manifestação em Bolonha pede a libertação de Patrick Zaky
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Pergunto-me por que houve uma reação tão forte da parte egípcia", disse a secretária-geral da Farnesina, Elisabetta Belloni, acrescentando que a Embaixada do país no Cairo está acompanhando o caso de perto.

Zaky foi preso no dia 8 de fevereiro, após voltar da Itália para o Egito, sob a acusação de "propaganda subversiva". O estudante também é pesquisador da Egyptian Initiative for Personal Rights (EIPR), organização egípcia de defesa dos direitos humanos, e pretendia passar férias em sua cidade natal, Mansoura.

Segundo a entidade, Zaky foi acusado de publicar "notícias falsas" para "perturbar a paz social" e de ter "incitado protestos contra as autoridades públicas". A EIPR disse ainda que o estudante foi interrogado sobre seu trabalho de ativista, ameaçado e torturado.

O caso ganhou bastante destaque na Itália também por remeter à morte de Giulio Regeni, pesquisador italiano sequestrado, torturado e assassinado no Cairo em janeiro de 2016. Regeni frequentava sindicatos clandestinos e contrários ao regime do presidente Abdel Fattah al-Sisi, o que levantou a hipótese de crime político.

A principal suspeita é de que o pesquisador tenha sido morto pelos serviços secretos egípcios. 

Ansa - Brasil   
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