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Israel conclui retirada, e Hamas tem 72h para libertar reféns

Tropas se deslocaram para trás de 'linha amarela' em Gaza

10 out 2025 - 08h47
(atualizado às 09h16)
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As Forças de Defesa de Israel (IDF) concluíram nesta sexta-feira (10) a retirada para a chamada "linha amarela" na Faixa de Gaza, um perímetro que varia entre 1,5 e 5 quilômetros a partir das fronteiras do enclave palestino e que corresponde a 53% do território.

Multidão começa a retornar para Cidade de Gaza após retirada israelense
Multidão começa a retornar para Cidade de Gaza após retirada israelense
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A medida é um dos pilares do acordo de cessar-fogo com o Hamas mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o grupo fundamentalista terá agora 72 horas, ou seja, até a manhã de segunda-feira (13), para libertar os 20 reféns israelenses ainda vivos.

"As forças das IDF se posicionaram nas últimas linhas de deslocamento, em conformidade com o acordo de cessar-fogo e para o retorno dos sequestrados", diz um comunicado do Exército de Israel, acrescentando que as tropas "continuarão a operar para eliminar qualquer ameaça imediata".

Com a retirada, milhares de famílias que haviam sido forçadas a se deslocar para o sul do enclave começaram a voltar para a Cidade de Gaza, no norte do enclave, mas a população foi alertada para não se aproximar de pontos de concentração de tropas, bem como da passagem de fronteira de Rafah e do Corredor Filadélfia, na fronteira com o Egito.

Além disso, as IDF "recomendaram" que pescadores e banhistas "não entrem no mar nos próximos dias". "Aproximar-se de zonas militares coloca em risco a vida de vocês", alertaram.

Já o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou uma declaração na qual celebra "um dos maiores resultados da nossa guerra de renascimento: o retorno de todos os nossos reféns ? vivos e mortos ? para casa". Fizemos uma promessa e a mantivemos", disse.

O primeiro-ministro lembrou que as próximas fases do plano de paz de Trump preveem o desarmamento completo do Hamas e a desmilitarização de Gaza. "Se isso for alcançado de modo pacífico, melhor ainda. Do contrário, será alcançado com a força", assegurou.

O porta-voz do grupo islâmico, Hazem Qassem, no entanto, garantiu que o movimento "não dará a Israel nenhuma desculpa para voltar à guerra". Em troca dos 20 reféns vivos, serão libertados 1.950 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua e 1,7 mil detidos pelas forças israelenses durante os dois anos de conflito em Gaza.

Também há 28 reféns mortos sob poder do Hamas, porém a restituição dos corpos pode exigir um pouco mais de tempo. O cessar-fogo deve permitir a entrada de 400 caminhões de ajuda humanitária por dia no enclave, porém as questões relativas ao desarmamento do grupo e à gestão do território serão enfrentadas nas próximas rodadas das negociações.

Na trégua do início deste ano, não houve avanço nesses temas, e o conflito foi retomado por Israel.

Ansa - Brasil
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