Israel bombardeia o Líbano enquanto cresce a pressão pela libertação de reféns na Faixa de Gaza
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, denunciou neste sábado (11) ataques noturnos contra "instalações civis" no sul do país. Segundo o Ministério da Saúde, os bombardeios deixaram um morto e sete feridos. O exército israelense confirmou a ofensiva, afirmando ter "atingido e desmantelado a infraestrutura terrorista do Hezbollah", aliado do Hamas. Enquanto isso, em Israel, familiares dos reféns ainda mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza aguardam sua libertação.
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, denunciou neste sábado (11) ataques noturnos contra "instalações civis" no sul do país. Segundo o Ministério da Saúde, os bombardeios deixaram um morto e sete feridos. O exército israelense confirmou a ofensiva, afirmando ter "atingido e desmantelado a infraestrutura terrorista do Hezbollah", aliado do Hamas. Enquanto isso, em Israel, familiares dos reféns ainda mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza aguardam sua libertação.
"Mais uma vez, o sul do Líbano é alvo de uma hedionda agressão israelense contra instalações civis. Sem justificativa ou pretexto", declarou Joseph Aoun. "Mas a gravidade desta última agressão reside no fato de que ela ocorre após o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza", completou.
A agência de notícias oficial libanesa Ani informou que aviões de guerra israelenses realizaram dez ataques na noite passada contra parques de escavadeiras e tratores. "A presença desses dispositivos e as atividades do Hezbollah nesta área constituem uma violação dos acordos firmados entre Israel e o Líbano", acrescentou.
Apesar do cessar-fogo de 27 de novembro de 2024, que pôs fim a mais de um ano de conflito entre Israel e o Hezbollah, o Exército israelense continua realizando ataques quase diários no Líbano, alegando ter como alvo membros do movimento apoiado pelo Irã.
A ONU informou, no início de outubro, que 103 civis foram mortos no Líbano desde que o cessar-fogo entrou em vigor.
A espera pela libertação dos reféns em Gaza
Com quase 200.000 palestinos deslocados retornando ao norte da Faixa de Gaza desde a entrada em vigor do cessar-fogo no enclave palestino, na sexta-feira (10), o próximo passo do plano elaborado pelo presidente americano Donald Trump para promover a paz no Oriente Médio envolve a libertação dos últimos reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas, em troca da libertação de mais de 2.000 prisioneiros palestinos.
Entre eles, estão 250 detidos por motivos de segurança, como um homem preso por envolvimento no linchamento de dois soldados israelenses em Ramallah, no ano 2000. Outro nome da lista é Mahmoud Khawam, alto funcionário do Hamas libertado em 2011 em troca do soldado Gilad Shalit, e novamente preso em Gaza no ano passado.
A sociedade israelense está dividida sobre o tema. Yael, moradora de um kibutz próximo à fronteira com Gaza, falou à AFP sobre sua preocupação. "É difícil porque cada um deles matou judeus. Mas isso permitirá que os reféns retornem, e então talvez possamos começar a curar o nosso país", declarou. "Não podemos permanecer prisioneiros disso. Então, sim, o preço a pagar é muito, muito alto. Não gostamos disso, mas às vezes precisamos saber aceitar", concluiu.
Do lado palestino, a iminente libertação dos prisioneiros levanta muitas dúvidas sobre seu destino final. Eles irão para a Cisjordânia, onde serão recebidos como heróis, ou serão enviados para o exterior, como já ocorreu no passado? Uma pergunta que, até o momento, permanece sem resposta.
(Com RFI e AFP)