Script = https://s1.trrsf.com/update-1764790511/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Israel boicotou discurso de Lula na ONU após críticas a ataques a Faixa de Gaza

Presidente brasileiro chamou ataques de 'genocídio' enquanto comitiva de Israel estava ausente do encontro em Nova York

23 set 2025 - 13h38
(atualizado às 14h34)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Israel boicotou o discurso de Lula na ONU, no qual o presidente brasileiro criticou os ataques na Faixa de Gaza, chamando de genocídio. Ele defendeu a criação de um Estado palestino independente.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa durante o Debate Geral da Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONU em Nova York, em 23 de setembro de 2025.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa durante o Debate Geral da Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONU em Nova York, em 23 de setembro de 2025.
Foto: ANGELA WEISS/Getty Images

A comitiva de Israel boicotou o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL), nesta terça-feira, 23, na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O chefe de Estado brasileiro voltou a defender o fim da guerra com a Palestina. 

As cadeiras destinadas para os membros da comitiva de Israel ficaram vazias durante a fala do mandatário no encontro. O presidente abriu o discurso criticando as retaliações dos Estados Unidos contra o Brasil e outros países. Em seguida, passou a falar dos ataques na Faixa de Gaza, que chamou de genocídio e massacre

“Nenhuma situação é mais emblemática do uso desproporcional e ilegal da força do que a da Palestina. Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza”, afirmou Lula

Ele continuou dizendo que, sob os escombros, dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes estão enterradas. “Ali, também estão sepultados o Direito Internacional Humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente. Esse massacre não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo”, declarou. 

Lula ainda afirmou que a fome é usada como arma de guerra e que o deslocamento forçado de populações é “praticado impunemente”. “O povo palestino corre o risco de desaparecer. Só sobreviverá com um Estado independente e integrado à comunidade internacional. Esta é a solução defendida por mais de 150 membros da ONU, reafirmada ontem, aqui neste mesmo plenário, mas obstruída por um único veto”. 

O presidente ainda lamentou que o chefe de Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, tenha sido impedido pelo país anfitrião de ocupar a bancada. Todos aplaudiam ao fim do pronunciamento de Lula, exceto a delegação dos Estados Unidos, que não esboçou nenhuma reação. 

Esse é o segundo discurso de Lula no encontro. Na segunda-feira, 22, o petista já havia criticado o governo de Binyamin Netanyahu, e também os Estados Unidos, que devem bloquear o reconhecimento da Palestina.

Binyamin Netanyahu, presidente de Israel
Binyamin Netanyahu, presidente de Israel
Foto: picture alliance/GettyImages

“O conflito entre Israel e Palestina é símbolo maior dos obstáculos enfrentados pelo multilateralismo. Ele mostra que a tirania do veto sabota a própria razão de ser da ONU, de evitar que atrocidades como as que motivaram sua fundação se repitam”, afirmou. 

“O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas uma tentativa de aniquilamento de seu sonho de nação. Tanto Israel quanto a Palestina têm o direito de existir. [...] Não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio", completou. 

Fonte: Portal Terra
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade