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Irã diz que enriquecer urânio a 60% é reação a ataque em Natanz

14 abr 2021 - 11h48
(atualizado às 15h03)
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A decisão do Irã de enriquecer urânio a uma pureza de 60% é uma reação à sabotagem de sua principal instalação nuclear, disse o presidente, Hassan Rouhani, nesta quarta-feira, acrescentando que a República Islâmica não tem nenhuma intenção de fabricar uma arma nuclear.

Presidente do Irã, Hassan Rouhani 
01/10/2019
Sputnik/Alexei Druzhinin/Kremlin via REUTERS
Presidente do Irã, Hassan Rouhani 01/10/2019 Sputnik/Alexei Druzhinin/Kremlin via REUTERS
Foto: Reuters

Após uma explosão em sua instalação de enriquecimento de urânio de Natanz no domingo, que Teerã atribui ao arquirrival Israel, o Irã disse que começará a enriquecer urânio a 60%, uma medida que coloca o material físsil mais próximo dos níveis adequados a uma bomba.

O país também disse que ativará mil centrifugas avançadas no local.

"É claro, as autoridades de segurança e inteligência precisam dar os relatórios finais, mas aparentemente é um crime dos sionistas, e se os sionistas agirem contra nossa nação, reagiremos", disse Rouhani em uma reunião de gabinete televisionada.

"Nossa reação à sua má intenção é substituir as centrifugas danificadas por outras mais avançadas e elevar o enriquecimento a 60% na instalação de Natanz", afirmou.

Autoridades iranianas descreveram o incidente como um ato de "terrorismo nuclear".

Israel, cuja existência o Irã não reconhece, não comentou formalmente o incidente.

A Agência Internacional de Energia atômica (AIEA), o organismo nuclear das Nações Unidas, disse na terça-feira que foi informada da decisão do Irã.

O acordo nuclear de 2015 do Irã com seis potências, que o país está violando desde que os Estados Unidos se desligaram dele em 2018 e reativaram sanções contra Teerã, limita em 3,67% a pureza físsil à qual os iranianos podem refinar o urânio.

A cifra é bem inferior aos 20% alcançados antes do acordo e fica muito abaixo dos 90% adequados a uma arma nuclear.

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