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Investigadores acreditam que sistema anti-stall foi ativado em avião que caiu na Etiópia, diz WSJ

29 mar 2019 - 10h28
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Investigadores que analisam a queda de um Boeing 737 MAX na Etiópia que matou 157 pessoas chegaram à conclusão preliminar de que um sistema anti-stall foi ativado antes de o avião atingir o solo, noticiou o Wall Street Journal nesta sexta-feira, citando pessoas a par do assunto.

Destroços de avião da Ethiopian Airlines que caiu após decolar de Addis Ababa
10/03/2019
REUTERS/Tiksa Negeri
Destroços de avião da Ethiopian Airlines que caiu após decolar de Addis Ababa 10/03/2019 REUTERS/Tiksa Negeri
Foto: Reuters

Investigadores de segurança aérea dos Estados Unidos analisaram dados das caixas-pretas que estavam a bordo do voo 302 da Ethiopian Airlines, disseram quatro pessoas informadas sobre a investigação à Reuters na quinta-feira. Um relatório preliminar é esperado para o início da semana que vem, segundo as autoridades dos EUA.

O avião caiu no dia 10 de março, pouco depois de decolar de Adis Abeba.

Os investigadores da queda fatal de um avião 737 MAX na Indonésia em outubro também se concentraram no novo sistema anti-stall, chamado MCAS. Na quarta-feira, a Boeing informou que uma atualização planejada do software evitará a operação repetida do sistema, que está no cerne dos temores com a segurança.

O modelo 737 MAX da Boeing, aquele que vendeu mais rápido e que tem encomendas de mais de 500 bilhões de dólares, foi suspenso globalmente pela Agência Federal de Aviação norte-americana (FAA) e por outras agências reguladoras, mas as empresas aéreas ainda têm permissão de usá-los sem passageiros para transferência entre aeroportos.

A fabricante disse ter desenvolvido um pacote de treinamento ao qual os pilotos do 737 MAX têm que se submeter antes de a suspensão mundial ser anulada, afirmando, como havia feito antes das duas quedas fatais, que estes pilotos não precisam se preparar em simuladores de voo para operar as aeronaves com segurança.

Na quinta-feira, a família de Jackson Musoni, cidadão de Ruanda que morreu no acidente da Ethiopian Airlines, iniciou uma ação civil contra a Boeing em um tribunal federal da cidade norte-americana de Chicago.

A ação civil alega que a Boeing cometeu um erro no projeto do sistema de controle de voo automatizado. A empresa disse que não pode comentar a ação civil.

A quantidade e a qualidade do treinamento que a Boeing e as empresas aéreas proporcionam aos pilotos do 737 MAX é uma das questões em análise agora que investigadores de todo o mundo tentam determinar as causas dos dois acidentes com aviões 737 MAX em um período de cinco meses.

O Departamento de Justiça dos EUA está investigando o processo de desenvolvimento da Boeing e o que a empresa revelou sobre o MCAS.

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