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Índia e Paquistão continuam ataques apesar de apelo por calma da comunidade internacional

Pelo terceiro dia consecutivo, Índia e Paquistão travaram ataques, nesta sexta-feira (9), em ambos os lados da sua fronteira comum na Caxemira, apesar dos apelos à calma feitos pela comunidade internacional. As duas potências nucleares voltaram a culpar um ao outro pelos confrontos que já mataram cerca de cinquenta civis de ambos os lados.

9 mai 2025 - 14h51
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Pelo terceiro dia consecutivo, Índia e Paquistão travaram ataques, nesta sexta-feira (9), em ambos os lados da sua fronteira comum na Caxemira, apesar dos apelos à calma feitos pela comunidade internacional. As duas potências nucleares voltaram a culpar um ao outro pelos confrontos que já mataram cerca de cinquenta civis de ambos os lados. 

Um soldado patrulha o Porto de Karachi, em Karachi, em 9 de maio de 2025, em meio às tensões na fronteira entre a Índia e o Paquistão. O Paquistão acusou a Índia em 9 de maio de levar os vizinhos "para mais perto de um grande conflito", já que o número de mortos em três dias de ataques com mísseis, artilharia e drones ultrapassou 50. (Foto de Rizwan TABASSUM/AFP)
Um soldado patrulha o Porto de Karachi, em Karachi, em 9 de maio de 2025, em meio às tensões na fronteira entre a Índia e o Paquistão. O Paquistão acusou a Índia em 9 de maio de levar os vizinhos "para mais perto de um grande conflito", já que o número de mortos em três dias de ataques com mísseis, artilharia e drones ultrapassou 50. (Foto de Rizwan TABASSUM/AFP)
Foto: AFP - RIZWAN TABASSUM / RFI

O exército paquistanês garantiu nesta sexta-feira que "não iria diminuir a tensão". Islamabad acusou Nova Delhi de levar os dois países vizinhos "para mais perto de um grande conflito".

O exército indiano, por sua vez, acusou as forças paquistanesas de "múltiplas" violações do cessar-fogo, com ataques na noite passada ao longo da Linha de Controle que separa a região da Caxemira, reivindicada por Nova Delhi e Islamabad.

Uma mulher morreu e outras três pessoas ficaram feridas por fogo de artilharia pesada no setor de Uri, na Caxemira indiana, de acordo com uma fonte dos serviços de inteligência.

 A Polícia de Fronteira da Índia disse ter frustrado uma "grande tentativa de infiltração" na noite de quinta-feira, na região do Samba. A Índia acusa o Paquistão de apoiar o grupo jihadista suspeito de matar 26 civis na cidade turística de Pahalgam, em 22 de abril, uma acusação que Islamabad nega veementemente.

O ministro da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar, denunciou informações "errôneas e infundadas", assegurando que não realizou "nenhuma ação ofensiva" na Caxemira indiana.

As autoridades da Caxemira paquistanesa posteriormente anunciaram a morte de cinco civis, incluindo uma criança, em ataques indianos que também feriram 29 pessoas, nas primeiras horas do dia.

A Força Aérea Indiana acusou as autoridades paquistanesas de usarem entre 300 e 400 drones turcos para atacar 36 alvos no oeste e noroeste de seu território. A Índia retaliou com drones armados contra uma série de alvos no Paquistão e destruiu uma bateria de defesa antiaérea, disse um oficial da força aérea, Vyomika Singh, durante uma coletiva de imprensa. O oficial indiano também mencionou "perdas e ferimentos" de ambos os lados, sem dar mais detalhes.

O exército paquistanês disse ter abatido 77 drones indianos. Essas alegações são impossíveis de verificar de forma independente, principalmente porque muitas áreas são inacessíveis. 

Fuga em massa de moradores

Na noite de terça (6) para quarta-feira, as Forças Armadas da Índia realizaram bombardeios em território paquistanês, em retaliação por um ataque na Caxemira indiana em abril. Os lançamentos de mísseis indianos foram imediatamente seguidos por uma resposta paquistanesa, levando as duas potências militares ao seu confronto militar mais intenso em décadas.

O conflito ameaça escalar para uma guerra aberta, a primeiro desde 1971, a terceiro entre os dois países desde a independência em 1947.

No meio do fogo cruzado, os moradores estão fugindo das regiões fronteiriças. Eles também correram para as lojas para comprar comida e bens de primeira necessidade.

Em Jammu, na Caxemira indiana, comércio e escritórios fecharam mais cedo e as ruas estavam desertas.

As sirenes soaram por mais de duas horas em Amritsar, uma cidade indiana perto da fronteira que abriga o Templo Dourado, venerado pelos Sikhs, onde os habitantes foram instruídos a permanecer confinados em casa. Turistas fugiram da cidade de carro, pois o aeroporto foi fechado.

Outras regiões indianas tomaram medidas de precaução, como em Bhuj, no estado de Gujarat (sudoeste), onde as autoridades requisitaram ônibus para o caso de evacuação de moradores das áreas de fronteira com o Paquistão.

A Autoridade Marítima Indiana ordenou que todos os portos, terminais e estaleiros para reforçar a sua segurança devido a "ameaças potenciais".

Ambos os países parecem não ouvir os apelos da comunidade internacional para a redução da tensão. "Queremos uma redução da tensão o mais rápido possível. No entanto, não podemos controlar esses países", disse o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, em uma entrevista na quinta-feira (8) ao canal Fox.

O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al Joubeir, era esperado no Paquistão nesta sexta-feira, de acordo com um alto funcionário de Islamabad. Ele viajou para a Índia na quinta-feira, onde se encontrou com o chanceler indiano, Subrahmanyam Jaishankar.

(Com AFP)

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