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Igreja Católica suspendeu 152 padres em 9 anos por supostos abusos no México, diz bispo

12 fev 2019 - 15h48
(atualizado às 16h09)
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Ao menos 152 padres católicos foram suspensos nos últimos nove anos no México devido a casos de abuso sexual de menores, afirmou o arcebispo da cidade mexicana de Monterrey, fazendo com que um advogado de supostas vítimas de abuso questionasse a sinceridade da Igreja.

Igreja católica em Saltillo, México
24/02/2013
REUTERS/Daniel Becerril
Igreja católica em Saltillo, México 24/02/2013 REUTERS/Daniel Becerril
Foto: Reuters

"Alguns padres delinquentes estão na cadeia, outros foram suspensos de seus ministérios. Nos últimos nove anos, 152 padres foram afastados", disse Rogelio Cabrera, arcebispo de Monterrey, a repórteres no domingo.

O anúncio acontece em meio a extensos casos de abuso sexual na Igreja Católica em diversos países, incluindo os Estados Unidos, Chile, Austrália e Alemanha. O México possui a segunda maior comunidade católica do mundo, depois do Brasil.

O papa Francisco irá receber bispos no Vaticano ainda em fevereiro para discutir as revelações globais de casos de abuso sexual na Igreja, que têm prejudicado gravemente a credibilidade da instituição.

Martin Faz Mora, um advogado que representa 19 supostas vítimas de abuso de um padre no Estado mexicano de San Luis Potosí, expressou ceticismo em relação ao anúncio da Igreja.

O padre, Eduardo Cordova, foi o primeiro a ser acusado criminalmente de abuso infantil no conservador país católico.

"É um número irresponsável, porque as vítimas ainda estão esperando uma retribuição por seus danos", disse Faz à Reuters nesta segunda-feira. "Em nenhum momento, a Igreja abordou a questão de reparar os danos das vítimas."

O papa Francisco tem repetidamente prometido zero tolerância para padres que abusam de crianças, mas críticos tem exigido mais ações.

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