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Igreja Católica admite legado "vergonhoso" de abuso após vazamento de estudo

13 set 2018 - 02h11
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A Igreja Católica na Alemanha admitiu nesta quarta-feira ter um legado "deprimente e vergonhoso" de abuso sexual, depois que um estudo vazado revelou que clérigos abusaram de milhares de crianças durante um período de 70 anos.

Bispo de Trier Stephan Ackermann durante entrevista coletiva em 2013
17/01/2013 REUTERS/Wolfgang Rattay
Bispo de Trier Stephan Ackermann durante entrevista coletiva em 2013 17/01/2013 REUTERS/Wolfgang Rattay
Foto: Reuters

O documento, encomendado pela Conferência Alemã de Bispos, revelou que 1.670 clérigos e padres abusaram sexualmente de 3.677 menores de idade, principalmente meninos, no país entre 1946 e 2014, segundo a revista alemã Der Spiegel.

A publicação citou uma cópia vazada do estudo, que foi compilado por três universidades alemãs.

O bispo de Trier, Stephan Ackermann, disse que a Igreja está ciente da extensão do abuso demonstrada pelos resultados do estudo.

"É deprimente e vergonhoso para nós", disse, em comunicado nesta quarta-feira.

O estudo foi publicado no dia em que o papa Francisco, que fez diversas tentativas para combater a crescente crise de abuso sexual que tem abalado a imagem da Igreja, convocou importantes bispos de todo o mundo ao Vaticano para discutir a proteção de menores de idade.

O Vaticano não tinha nenhum comentário imediato sobre a reportagem do Der Spiegel.

A revista disse que o estudo, que examinou mais de 38 mil arquivos de 27 dioceses, mostrou que mais da metade das vítimas tinham 13 anos ou menos quando foram abusadas.

Cerca de um em cada seis dos casos documentados envolvia estupro e três quartos das vítimas foram abusadas dentro de uma igreja ou através de um relacionamento pastoral com o abusador. Em muitos casos, evidências foram destruídas ou manipuladas, relatou a revista citando o estudo.

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