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Filho de fundador do M5S deixa partido após acordo

'Novo' Movimento deve ter o ex-premiê Conte como líder

5 jun 2021 - 17h59
(atualizado às 18h11)
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Após semanas de batalha legal, o filho de um dos cofundadores do Movimento 5 Estrelas, Davide Casaleggio, anunciou o encerramento da disputa e sua consequente saída do partido populista neste sábado (5).

Casaleggio, na imagem ao lado de Grillo, anunciou a saída do partido que o pai fundou
Casaleggio, na imagem ao lado de Grillo, anunciou a saída do partido que o pai fundou
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A briga na Justiça tinha relação com o sistema Rousseau, a plataforma online pela qual os membros do sigla, uma das principais forças que sustentam o atual governo da Itália, faziam suas votações e deliberações.

O órgão que gere a Privacidade online do país havia dado cinco dias para que a Associação Rousseau, sob o comando de Casaleggio, entregasse os dados do filiados para o M5S, já que com a briga, as informações não eram repassadas para nenhum responsável político.

Com o divórcio consumado, o "poder" para gerir o partido agora fica com Grillo e com o ex-premiê italiano Giuseppe Conte. Já os dados ficam sob responsabilidade do líder político da sigla, Vito Crimi.

"Deixo o 5S, não é mais um Movimento. Nem mesmo meu pai reconheceria esse partido. E se está buscando a sua legitimidade em um tribunal, isso significa que a democracia interna faliu", saiu acusando Casaleggio.

Conte, por sua vez, aproveitou para dizer que o "tempo de espera" acabou e que o partido conseguiu os dados de todos os seus membros.

"Vamos levar só mais alguns dias para verificar os dados e organizar todas as atividades preliminares para a operação de votos. Logo depois, apresentaremos o novo Estatuto e a Carta de Princípios e Valores. Será aberta uma fase para as observações dos inscritos e, até o fim deste mês, haverá o pronunciamento sobre o voto online do Estatuto e, sucessivamente, a escolha do novo líder do M5S", ressaltou Conte.

Os valores do acordo entre a Associação Rousseau e o partido não foram anunciados formalmente, mas a mídia italiana fala em um valor de 250 mil euros.

Para o ex-premiê, esse é um "momento de olhar para frente e de ser realistas, mas também trabalhar para realizar o impossível".

O M5S nasceu com a proposta de ser um partido antissistema e que tomaria todas as decisões de maneira democrática através da plataforma digital. No entanto, desde a saída de Conte do cargo de primeiro-ministro e a decisão de dar apoio a Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), em fevereiro deste ano, fizeram com que a insatisfação dentro da sigla não parasse de aumentar. .

Ansa - Brasil   
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