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Ex-refém do Hamas de 84 anos "luta pela vida" em hospital de Israel

27 nov 2023 - 18h55
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Quando Elma Avraham, de 84 anos, foi levada como refém de sua casa no kibbutz Nahal Oz, em 7 de outubro, ela era um membro independente da comunidade, de acordo com seus familiares.

Quando o Hamas a soltou, no domingo, ela estava "lutando pela sua vida", de acordo com profissionais de saúde.

A bisavó foi libertada junto com outros 16 reféns, incluindo uma garota norte-americana de 4 anos chamada Abigail Edan, no terceiro dia de trégua entre Israel e Hamas.

Embora outros reféns tenham voltado em bom estado de saúde, a filha de Avraham disse a repórteres que sua mãe chegou com um pulso de 40 batimentos por minuto e uma temperatura corporal de apenas 28 graus. O vice-administrador do hospital Soroka, em Beersheba, disse que seu estado permanece crítico e que ela está sob ventilação mecânica e sedada na unidade de terapia intensiva.

"Eles a mantiveram em condições horríveis", afirmou sua filha, Tali Amano, do lado de fora do hospital. "Minha mãe chegou horas antes de quando a perderíamos."

A fala foi endossada pelo porta-voz militar de Israel, contra-almirante Daniel Hagari. "Ela foi mantida em condições duras. Eles negaram a ela medicamentos essenciais. Ela não foi visitada pela Cruz Vermelha", disse.

Ele afirmou que a mulher "é uma lembrança da nossa missão crítica" e perguntou "quem está cuidando dos outros reféns na Faixa de Gaza?".

Amano descreveu sua mãe como uma pessoa "feliz, conectada e abraçada por toda a comunidade" antes de ser levada. Ela informou que, embora a mãe tivesse problemas crônicos de saúde, eles estavam sob controle.

"Eles a mantiveram por 52 dias em condições que nenhum humano deveria ser mantido", afirmou o chefe de Assuntos Médicos do Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, Hagai Levine. "Simplesmente sem dignidade humana, um abuso desarrazoado."

Amano afirmou que se encontrou com a Cruz Vermelha e implorou a eles que ministrassem medicações na sua mãe, mas que eles disseram que não conseguiram entregá-las. "Minha mãe não precisava voltar dessa forma, e não tenho ideia como ela vai passar esses dias."

Um porta-voz da Cruz Vermelha disse à Reuters: "Estamos nos encontrando diretamente com as famílias e elas nos têm pedido para levar medicamentos pessoais, mas não temos como levá-los".

"Continuamos pedindo acesso aos reféns, como fizemos desde o Dia 1, e estamos prontos para realizar essa visitas", afirmou ele.

Um médico acompanhou Avraham enquanto ela e outros reféns deixavam a Faixa de Gaza.

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