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Ex-chanceler britânico Boris Johnson diz que disputará liderança dos conservadores

16 mai 2019 - 13h30
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Boris Johnson, o rosto da campanha pela desfiliação britânica da União Europeia, disse nesta quinta-feira que se candidatará a substituir a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, como líder do Partido Conservador.

Boris Johnson discursa durante evento em Rochester, no Reino Unido
18/01/2019 REUTERS/Andrew Yates
Boris Johnson discursa durante evento em Rochester, no Reino Unido 18/01/2019 REUTERS/Andrew Yates
Foto: Reuters

May disse que renunciará antes da próxima fase das negociações do Brexit, mas não marcou uma data para sua saída.

"É claro que tentarei", disse Johnson à BBC na Associação Britânica de Corretores de Seguros.

Johnson renunciou ao gabinete em julho para protestar contra a maneira como May lida com as negociações da saída da UE.

O ex-ministro das Relações Exteriores e ex-prefeito de Londres se lançou na disputa pela liderança conservadora com um discurso na conferência anual do partido em outubro - alguns membros fizeram fila durante horas para ouvi-lo.

Ele pediu ao partido que retome seus valores tradicionais de impostos baixos, policiamento forte e rejeição das políticas do Partido Trabalhista.

Apostas indicam que ele é o favorito para substituir May e que tem 28% de chance de ser o próximo premiê.

Se Johnson conseguir, será a reviravolta mais recente na carreira movimentada do homem chamado invariável e simplesmente de "Boris", e conhecido no Reino Unido e além por sua postura debochada e seu topete louro despenteado.

Sua habilidade de conquistar as pessoas com seu humor afiado e seu estilo excêntrico o ajudaram a se livrar de uma série de escândalos, incluindo sua demissão da equipe de formulação de políticas do partido quando estava na oposição por mentir sobre um caso extraconjugal.

Johnson tem um longo histórico de gafes e escândalos. Como chanceler, ele comparou o presidente francês a um guarda da Segunda Guerra Mundial ordenando espancamentos como punição e foi flagrado por câmeras recitando um poema da era colonial em um templo sagrado de Mianmar.

Vários conservadores graduados devem entrar no páreo pela liderança, cujo vencedor também será premiê.

O ministro do Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart, e a ex-ministra do Trabalho e da Previdência Esther McVey anunciaram que estão na corrida, e a presidente da Câmara dos Comuns, Andrea Leadsom, disse que está "cogitando" concorrer.

Entre os outros candidatos possíveis há membros atuais e passados do gabinete, como o ministro do Meio Ambiente, Michael Gove, o ministro do Interior, Sajid Javid, e o chanceler Jeremy Hunt.

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