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Mundo

Ex-advogado de Trump diz ter 'informações' para Justiça

Michael Cohen decidiu colaborar com os investigadores

22 ago 2018 - 12h15
(atualizado às 14h16)
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A defesa do advogado Michael Cohen disse que seu cliente tem "informações" do interesse do procurador especial Robert Mueller, que investiga supostas ações da Rússia para influenciar nas eleições presidenciais de 2016, que culminaram na vitória de Donald Trump.

Michael Cohen decidiu colaborar com os investigadores
Michael Cohen decidiu colaborar com os investigadores
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Cohen é ex-advogado pessoal do magnata republicano e, na última terça-feira (21), se declarou culpado de oito acusações, incluindo dos subornos para comprar o silêncio de duas mulheres, a ex-estrela pornô Stephanie Clifford (mais conhecida como Stormy Daniels) e a ex-coelinha da Playboy Karen McDougal.

Ambas alegam ter tido casos extraconjugais com Trump em 2006, quando ele já era casado com Melania. Segundo Cohen, os pagamentos ocorreram "sob a direção de um candidato a um cargo federal".

"Acredito que Michael Cohen tenha informações que devem ser do interesse do procurador especial Robert Mueller e ficará mais do que feliz em contar-lhe tudo aquilo que sabe", disse o advogado Lanny Davis, que defende Cohen.

Em sua admissão de culpa, o ex-advogado de Trump também falou em "esforços coordenados para influenciar as eleições", em uma delação que pode complicar a situação do presidente, já agravada após a divulgação de um áudio que o mostra conversando com Cohen em 2016, pouco antes do pleito, sobre o suborno a McDougal.

O advogado é acusado de crimes de fraude fiscal e bancária e de violação das regras de financiamento eleitoral e agora arrisca ser condenado a mais de cinco anos de prisão - a sentença está prevista para 12 de dezembro.

"Se alguém estiver procurando um bom advogado, eu sugeriria fortemente que você não contrate os serviços de Michael Cohen", disse Trump no Twitter, ironizando o homem que fora seu escudeiro durante anos.

A admissão de culpa de Cohen chegou no mesmo dia em que Paul Manafort, ex-chefe de campanha de Trump, foi condenado por oito acusações de fraude fiscal e bancária. Ele é acusado de ter feito lobby para um partido ucraniano pró-Rússia e de ter sido pago por meio de paraísos fiscais de forma ilegal.

"Sinto muito por Paul Manafort e sua família incrível. A 'Justiça' pegou um caso tributário de 12 anos, entre outras coisas, aplicou uma tremenda pressão sobre ele e, ao contrário de Michel Cohen, ele se recusou a inventar histórias para garantir um acordo. Muito respeito por esse bravo homem", disse Trump.

Ansa - Brasil   
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