Papa Leão XIV denuncia 'sofrimentos inaceitáveis' de civis em El-Fasher, no Sudão
Ao final da oração do Ângelus, neste domingo (2), o papa Leão XIV denunciou os abusos cometidos, especialmente na cidade de El-Fasher, no Sudão, e exortou a comunidade internacional a se mobilizar. O pontífice também pediu aos fiéis que rezem pela Tanzânia, onde, segundo ele lembrou, após as recentes eleições, os confrontos causaram muitas vítimas. O papa apelou a todas as partes para que evitem qualquer forma de violência e "sigam o caminho do diálogo".
Ao final da oração do Ângelus, neste domingo (2), o papa Leão XIV denunciou os abusos cometidos, especialmente na cidade de El-Fasher, no Sudão, e exortou a comunidade internacional a se mobilizar. O pontífice também pediu aos fiéis que rezem pela Tanzânia, onde, segundo ele lembrou, após as recentes eleições, os confrontos causaram muitas vítimas. O papa apelou a todas as partes para que evitem qualquer forma de violência e "sigam o caminho do diálogo".
Eric Sénanque, correspondente da RFI em Roma
Foi com "grande dor" que o papa disse estar acompanhando as informações vindas de Darfur nos últimos dias. Diante de milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, Leão XIV lamentou os crimes cometidos por paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FSR), após a tomada da cidade de El-Fasher, há uma semana.
"A violência cega contra mulheres e crianças, os ataques a civis inocentes e os graves obstáculos à ação humanitária causam sofrimentos inaceitáveis a uma população já exausta por longos meses de conflito", declarou.
O papa pediu aos fiéis que rezassem pelos mortos antes de exortar os combatentes a silenciar o barulho das armas: "Renovo meu apelo urgente às partes envolvidas por um cessar-fogo e pela abertura imediata de corredores humanitários."
O líder da Igreja Católica também solicitou à comunidade internacional que se mobilize pelo Darfur, desejando que possa intervir "com determinação e generosidade" para ajudar as populações mais vulneráveis. No início de setembro, após um deslizamento de terra mortal na região, o papa já havia pedido o fim da guerra civil no Sudão e que tudo fosse feito para devolver ao povo sudanês "esperança, dignidade e paz".