Manifestação em Haia pede que Holanda combata genocídio em Gaza
Cerca de 150 mil manifestantes vestidos de vermelho marcharam pelas ruas de Haia neste domingo (15) para exigir que o governo holandês tome medidas contra o que a população denominou de "genocídio em Gaza".
Grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Oxfam, convocaram a marcha pela cidade holandesa até o Tribunal Internacional de Justiça. O ato foi chamado de "linha vermelha". Agitando dezenas de bandeiras palestinas e proferindo palavras de ordem como "parem o genocídio", os manifestantes lotaram um parque no centro da cidade. Havia faixas com os dizeres: "Não desvie o olhar, faça alguma coisa": cartazes com a frase: "Acabem com a cumplicidade holandesa" e "Silêncio quando as crianças dormem, não quando morrem". Uma manifestação ainda maior "O povo de Gaza não pode esperar, e a Holanda tem o dever de fazer todo o possível para impedir o genocídio", declarou um manifestante. "Isso tem de parar! Já chega! Não aguento mais! Estou aqui porque acho que talvez seja a única coisa que podemos fazer agora como cidadãos holandeses. É algo que temos de fazer", afirmou Dodo Van Der Sluis, aposentado de 67 anos. Uma manifestação anterior em Haia, no dia 18 de maio, atraiu mais de 100.000 pessoas, segundo os organizadores, que afirmaram, na ocasião, ter sido a maior manifestação no país em 20 anos. A guerra Quebrando uma trégua de dois meses, Israel retomou sua ofensiva em meados de março na Faixa de Gaza e intensificou suas operações militares em 17 de maio, com o objetivo declarado de aniquilar o movimento islâmico palestino Hamas, libertar os últimos reféns e assumir o controle do território. O ataque lançado em 7 de outubro de 2023 pelo movimento islâmico palestino Hamas resultou na morte de 1.218 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo contagem da AFP baseada em dados oficiais. Israel lançou um ataque militar de retaliação, que matou mais de 54.600 palestinos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, do governo do Hamas, e considerados confiáveis pela ONU. (Com AFP)